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Artista rompeu com irmão
da Reportagem Local
De Chirico (1888-1978) acreditava ser um Messias das artes, o único capaz de promover
a redenção das vanguardas por
meio uma pintura original e
enigmática, que não precisaria
reproduzir o real. Dizia ser o
único pintor contemporâneo
verdadeiramente capaz de pintar. E que suas mãos brilhavam
no escuro.
Criou paisagens desoladas,
em que conviviam estátuas
gregas, praças vazias, arquiteturas, cavalos, manequins sem
rosto, objetos e atmosferas.
As perspectivas, geometrias e
cálculos matemáticos de suas
composições não serviriam como respostas empíricas ou para criar situações realistas, mas
para reiterar mistérios e enigmas, como é possível notar nos
títulos de algumas de suas telas
mais importantes: "Enigma de
uma Tarde de Outono" e "Alegrias e Enigmas de uma Hora
Estranha".
Maior expoente da pintura
metafísica, escola criada por
ele e Carlo Carrà (1881-1966),
De Chirico influenciou os surrealistas e dadaístas, como René Magritte, Salvador Dalí e
Max Ernst.
A relação com seus contemporâneos, porém, não foi das
mais harmoniosas. Afastou-se
dos surrealistas, que o negaram quando ele passou a produzir uma arte mais realista e
clássica, a partir dos anos 20.
Em 1925, rompeu também
com o irmão Savinio Os dois
não se falariam nunca mais e
isso deprimiu ambos profundamente.
Também não concordou
com a crítica, que considerava
sua primeira fase pictórica, entre 1910 e 1917, como a mais
importante de sua carreira.
De Chirico negou obras do
início de carreira, convencido
de que, quanto mais velho,
melhor pintava, até chegar ao
ponto de assinar -no final de
carreira- "pictor optimus".
De Chirico nasceu em Volo,
na Grécia, onde viveu até 17
anos e iniciou seus estudos de
artes plásticas, convivendo
com a antiguidade clássica e a
mitologia. Sua outra grande influência veio a partir de 1906,
quando se transferiu para Munique, na Alemanha, onde tomou contato com a literatura
de Schopenhauer e Nietzsche.
(CF)
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