São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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"SEXO COM AMOR"

Longa transforma reunião de pais e mestres em terapia de casais

DENISE MOTA
EDITORA-ASSISTENTE DA ILUSTRADA

Tramas despretensiosas, que têm como centro os reveses e encantamentos de um relacionamento amoroso -com toques de drama, mas sem perder a graça jamais-, vêm conseguindo reservar êxito a um certo tipo de cinema popular latino-americano.
Foi assim no Brasil, com "Os Normais", que ficou entre os dez longas mais vistos no Brasil em 2003; foi assim no México, com "Sexo, Pudor y Lágrimas" (assistido lá por 6 milhões), e foi assim no Chile, com "Sexo com Amor".
O filme teve público de 1 milhão, ou 7% da população daquele país. Estreou num momento em que o cinema atrai mais do que o futebol. No primeiro semestre de 2003, a tela grande recebeu 5,2 milhões de espectadores, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas do Chile. Eventos esportivos ficaram com 3,4 milhões.
O longa oferece várias alternativas ao público para que se identifique com ao menos um de seus personagens: o amante confuso; o provedor infiel e ciumento; a mulher ingênua que se torna forte etc. Suas vidas convergem para um desafio: como falar de sexo com os filhos? E é numa reunião escolar sobre o tema que começa uma espécie de terapia de casais.
Além de embarcar na "buena onda" das platéias chilenas, outro trunfo de "Sexo" foi o alarde que fomentou. Em 2001, promoveu-se um bate-papo entre seus atores no festival chileno de Valdivia antes de que começasse a ser rodado. Na mesma cidade, em 2002, uma grande cueca foi pendurada para promover o longa, e, por fim, no ano passado, um pepino servia como convite para a estréia.


Sexo com Amor
Sexo con Amor

   
Direção: Boris Quercia
Produção: Chile, 2003
Com: Sigrid Alegría, Álvaro Rudolphy
Quando: a partir de hoje nos cines Bristol, Lumière e circuito



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