São Paulo, domingo, 23 de maio de 2004

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Repertório traz clima de "câmara"

DA REPORTAGEM LOCAL

O nome de José van Dam é bem mais ligado à ópera que à canção. Ele se tornou conhecido ao interpretar aos 25 anos um Escamillo ("Carmen", de Bizet) na Ópera de Paris. Permaneceu por dois anos em Genebra e por mais seis na Deutsche Oper, de Berlim.
Entre 1970 e 1975, canta no Escala, Covent Garden e Met, de Nova York. Antes dos 40 anos já era uma voz de peso internacional.
Ele começará em São Paulo seus dois concertos como se eles fossem literalmente "de câmara", com um repertório apropriado a uma récita familiar.
Em lugar de papéis épicos ou histriônicos (o Holandês, Leporello, em Wagner e Mozart), sua voz se prestará de início à intimidade.
Serão cinco canções de Henri Duparc, três melodias de Debussy sobre poemas de Verlaine e três outras do ciclo "Fêtes Galantes".
Ainda na primeira parte do espetáculo, estão três canções delicadas de Maurice Ravel.
O Van Dam mais extrovertido das grandes árias do repertório de ópera cantará na segunda parte de cada récita, com peças de Mozart, Berlioz e Bizet.
De Mozart, uma ária de concerto e "Non Più Andrai" -o Conde de Almaviva ironizando Cherubino-, de "As Bodas de Fígaro". De Berlioz, três árias do personagem Mefistófeles de "A Danação de Fausto". De Charles Gounot, "Vous qui Faites l"Endormie", de uma outra ópera "Fausto", e, por fim, de Georges Bizet, "Quand la Flamme de l"Amour", ária de "La Jolie Fille de Perth".
(JBN)



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