|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Márcia Haydée aprende a ser atriz
DA CRÍTICA DA FOLHA
Márcia Haydée, bailarina brasileira que ganhou renome internacional no Stuttgart Ballet, aos 66
anos continua em cena. Das sapatilhas de ponta à dança-teatro, já
dançou literalmente dezenas de
balés. Agora, a convite de Maurice
Béjart, interpreta Madre Teresa e
contracena com bailarinos recém-formados.
Antes de vir para o Brasil, em
turnê pela Argentina, Márcia
Haydée conta que sua preparação
para o espetáculo se iniciou "quase um ano atrás". Teve de aprender uma nova forma de estar no
palco: não mais como bailarina,
mas como atriz.
Para ela, o que permitiu uma
carreira tão longa foi "a capacidade de representar diversos personagens, que agora me leva a aceitar o desafio de atriz".
Ela iniciou sua carreira como
bailarina do Theatro Municipal
do Rio. Na Europa, dançou no
Stuttgart Ballet, como primeira
bailarina, sob a direção de John
Cranko. Foi diretora artística do
Stuttgart Ballet (1976-95) e do Ballet de Santiago do Chile (1992-95). Entre seus "partners", listam-se grandes nomes, como Rudolf
Nureyev, Mikhail Baryshnikov,
Jorge Donn e Richard Cragun,
atual diretor do Ballet do Theatro
Municipal do Rio.
Assim como Haydée um dia ganhou fama internacional, agora é
a vez de um jovem "afilhado" do
Rio de Janeiro, ex-morador da
Rocinha, William Pedro, 23, integrante da Compagnie M., que
contracena com sua "madrinha"
no palco.
Em 1992, o menino entrou para
a Escola de Dança do Theatro
Municipal do Rio. Em 1996, conheceu Márcia Haydée no Festival de Joinville, que lhe deu uma
bolsa de estudos para a Monte
Carlo Ballet School. "Ele é um dos
grandes bailarinos de hoje", diz
ela, sem medir elogios.
Em 2000, Pedro fez audição para o Béjart Ballet Lausanne; foi selecionado para a escola Rudra.
Agora ganha o mundo, na nova
companhia.
MADRE TERESA E AS CRIANÇAS DO
MUNDO. São Paulo: 25 e 26/6, às 21h.
Teatro Municipal (0/xx/11/5571-4027).
De R$ 25 a R$ 90. Rio de Janeiro: 28/6, às
21h, e 29/6, às 17h. Theatro Municipal
(0/ xx/21/3235-8545). De R$ 20 a R$ 450.
Belo Horizonte: 30/6, às 21h. Palácio das
Artes (0/xx/31/3237-7301). De R$ 30 a
R$ 50. Brasília: 1º/7, às 21h. Sala Villa
Lobos (0/xx/61/325-6240). R$ 100.
Curitiba: 2/7, às 21h. Teatro Guaíra (0/
xx/41/304-7900). De R$ 60 a R$ 100.
Porto Alegre: 4 e 5/7, às 21h. Teatro do
Sesi (0/xx/51/3299-0800). De R$ 30 a R$
50. Em Brasília e Curitiba, pagam meia-entrada todos os que levarem 1 kg de
alimento não perecível. Patrocinador:
Embratel.
Texto Anterior: Balé: "A vida sem a dança não me interessa", afirma Béjart Próximo Texto: Análise: "Sex" compõe painel desolador das relações Índice
|