São Paulo, quinta, 23 de julho de 1998

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MÚSICA
Sepultura toca em agosto

MARCELO NEGROMONTE
da Redação

Beneficente e com convidados. Assim será o primeiro show com o novo vocalista do Sepultura, Derrick Green, que acontecerá, como prometido pela banda, no Brasil.
O evento "Barulho contra a Fome" acontece no dia 15 de agosto, no estacionamento do Anhembi, em São Paulo, com renda revertida para cerca de dez entidades assistenciais brasileiras. O ingresso custa R$ 10 mais 1kg de alimento não-perecível.
Entre os convidados para o show estão o baixista do Metallica, Jason Newsted, que compôs com os integrantes do Sepultura "Hatred Aside", música que está no novo álbum da banda, "Against", a ser lançado em setembro.
"Esse show não é o do lançamento do disco, apesar de tocarmos novas músicas, é o show do lançamento do novo vocalista", disse o baterista Igor Cavalera, de Los Angeles.
O show será apresentado pelo cineasta José Mojica Marins, encarnando o Zé do Caixão.
O objetivo é reunir artistas que já participaram de álbuns anteriores do Sepultura: Mike Patton, ex-vocalista da extinta Faith No More, e Carlinhos Brown, que participaram de "Roots" (96), também estão confirmados para o "Barulho contra a Fome".
As bandas Pavilhão 9, Squaws e Tolerância Zero, o primeiro guitarrista do Sepultura, Jairo Guedes, e índios xavantes completam o rol dos convidados que se apresentarão no Anhembi. Nenhum artista receberá cachê pelo show.

Novo vocalista
"Estou muito ansioso por essa primeira apresentação com o Sepultura. Fizemos apenas alguns ensaios com platéia, e a reação foi boa", afirmou o vocalista -palmeirense- Derrick Green à Folha.
"Fui ao Brasil duas vezes e em uma delas assisti a final do Campeonato Brasileiro, em dezembro do ano passado, com Palmeiras e Vasco. Foi demais", disse Green.
Uma possível comparação com o ex-vocalista da banda e irmão de Igor, Max Cavalera, não incomoda Green.
"Eu nunca vou poder ser igual ao Max, nunca tento imitá-lo e o respeito muito. Mas eu tenho minha própria personalidade."
Lançado em abril passado, "Soulfly", da banda homônima de Max, não agradou a Igor. "Tem coisas legais no disco, mas a parte percussiva ficou a desejar, ficou confusa. Acho que não ficou "direto' como estou acostumado."



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