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Telefônica bloqueia chamadas, fala em fraudes e gera "guerra"
DA REPORTAGEM LOCAL
A Telefônica bloqueou as ligações para celulares interativos das
TVs, tornando impossível as chamadas de aparelhos fixos de São
Paulo para o Alô Band, Portal de
Voz do SBT e programas de chats.
A operadora afirma estar cumprindo a sentença judicial. O juiz
Aroldo José Washington diz não
só que a Telefônica agiu corretamente como declara que a mesma
atitude tem de ser tomada por todas as operadoras do país.
Responsável pelo Alô Band,
"Swing com Syang" e outros, a
One World acusa a Telefônica de
abuso do poder econômico. Diz
que a operadora bloqueia só ligações para números da concorrência e permite chats de empresas
de seu conglomerado. "A sentença é confusa, e a Telefônica se
aproveitou disso para barrar números aleatoriamente e evitar a
concorrência com a Claro, por
exemplo, na qual nossas linhas estão hospedadas", diz o advogado
Guilherme Ieno Costa.
Na próxima semana, a One
World estudará reação à Telefônica e poderá entrar com processo
na SDE (Secretaria de Direito
Econômico), no Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) ou na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
A Telefônica afirma bloquear
todos os chats e ter, inclusive, acabado com um bate-papo de sua
propriedade. Diz que, se há algum
número não bloqueado, é porque
ainda não foi detectado.
Segundo a Telefônica, os celulares interativos costumam estar
envolvidos em fraudes, o que teria
lhe custado prejuízo de até R$ 6
milhões/mês. Afirma ter encontrado um orelhão no qual um "gato" (ligação clandestina) disparou
ligações ininterruptas a celulares
de chats ao longo de 21 dias. A
chamada teria custado cerca de
R$ 15 mil. E, mesmo quando não
recebe do usuário (o que ocorre
em "gatos"), a Telefônica tem de
pagar 90% do valor às operadoras
de celular. De cada cem ligações
para celulares interativos, diz a
companhia, 72 são de inadimplentes ou de fraudes.
A One World duvida dos dados
e diz que a Telefônica deve mostrar números auditados.
(LM)
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