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Evolução do Ludov acontece na rede
Faixas de "Caligrafia" divulgadas só na internet são mais interessantes que as prensadas no CD físico
MÁRCIO CRUZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Diferentemente das 12 faixas
de "Caligrafia", o novo disco físico da banda paulistana Ludov, as sete escondidas no site
(www.ludov.com.br) trazem
a evolução da banda. Eles haviam resolvido eleger em seus
trabalhos anteriores o multi-instrumentalismo e o rock alternativo em detrimento das
composições de samba de Habacuque. Agora, na internet, o
grupo se encontra.
"Quero cantar como quem
cruza um oceano de água cristalina", canta Vanessa Krongold em "Prisma", com levada
que evoca, pasme, a sambista
Clara Nunes.
"Eu adorava gritar nos Maybees (antiga encarnação do Ludov, que cantava apenas em inglês), né? Aquele jeito mais
adolescente, rock'n'roll.
Ainda gosto, mas a gente vai
achando graça com a suavidade, nos meios tons", analisa a
vocalista, que hoje sofre influências de Ella Fitzgerald e
Nina Simone.
Quem ater-se às canções do
álbum, como "Magnífica" e
"Vinte por Cento", espécie de
continuações de "Princesa" (do
EP "Dois a Rodar", de 2004) e
"Kriptonita" (de "Exercício das
Pequenas Coisas", 2005), pode
vir a perder as preciosas "Flor
de Lotus" (Motoki / Fabio
Pinczowski) e "Canção por Helena" (J.R. Lima / Renato Imagem), só na internet, com percussão de Valentino Menezes e
bateria de Paulo Chapolin.
Mutantes
Posicionada em algum lugar
entre a cena alternativa norte-americana dos anos 90, o rock
brasileiro dos Mutantes e Erasmo Carlos, o pop moderno internacional, o excelente Ludov
sambista, correu o risco de pecar pela timidez.
"No meio do processo desse
disco a agente já falava isso. A
gente saiu com um disco muito
bom", defende Mauro Motoki.
"Pelo menos para a gente". E
pelo menos na internet.
CALIGRAFIA
Artista: Ludov
Gravadora: Inker
Quanto: R$ 25
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