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São Paulo, Terça-feira, 23 de Novembro de 1999
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CONTROL MACHETE MARCELO NEGROMONTE da Redação Com divulgação quase nenhuma, o trio mexicano Control Machete fez show recentemente em São Paulo, na turnê do seu segundo álbum, "Artilleria Pesada, Presenta...", um bom disco de rap, com texturas originais e letras, algumas vezes, singelas. Agora, não é mais protesto raivoso, como no primeiro e bem-sucedido CD, "Mucho Barato". Fala-se da comunidade onde o grupo vive, em Monterrey, cidade fronteiriça com os EUA, da vida, do tempo, de sons. Influências vão de Cypress Hill -faixa-título, "Si Señor", "Esperanza"- a Wu-Tang Clan -"Desde la Tierra (El Tercier Planeta)", sincopada, multidão ao vivo, a mais engajada do disco-, Kid Frost e música tradicional mexicana, principalmente nesse "Artilleria Pesada, Presenta...", que deve sair no Brasil em 2000. "Danzón" é uma música linda (rap lindo?), com participação das lendas do Buena Vista Social Club, encabeçadas pelo piano de Rubén González. Son e rap, Cuba e México, gerações distantes em uma música, que remetem a Debussy: "Música não é uma forma de sentimento, é o sentimento em si". "O amanhecer sempre surge corrigindo o anoitecer/ e as coisas que se vê nascer/ tem que se vê-las crescer e amadurecer." Sentimento em movimento. Instrumentos típicos mexicanos são adicionados com maestria pelo grupo em "Ileso". "Não se fracassa se existe um começo/ ser transparente te transporta ileso", diz o vocalista Fermín, 24. Control Machete, numa tradução livríssima, equilíbrio e agressivo, sai dos clichês rap, de tratar mulheres como cadelas, de falar sempre sobre dinheiro e carros, de "retratar a dura realidade". É música rica. Avaliação:  Disco: Artilleria Pesada, Presenta... Banda: Molotov Lançamento: Universal (importado) Onde encomendar: Bizarre (0/xx/11/ 220-7933), Indie Records (0/xx/11/816-1220) Texto Anterior: Big Pun Próximo Texto: Outros lançamentos Índice |
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