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São Paulo, Terça-feira, 23 de Novembro de 1999
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OUTROS LANÇAMENTOS Apollo Four Forty Em ano recessivo, inflado por lançamentos "ao vivo", a Sony surpreendente e laudatoriamente lança no Brasil "Gettin" High on Your Own Supply", terceiro álbum do trio eletrônico inglês Apollo Four Forty. E, como no anterior, "Electro Glide in Blue" (97), o A440 passeia por vários gêneros (dub, ambient, big beat, drum'n'bass, hip hop), mas resolveu brincar mesmo com o rock and roll, já que é um dos pioneiros em utilizar a guitarra nas apresentações ao vivo. "Stop the Rock" ("Pare o rock, você não pode parar o rock", diz, fazendo referência ainda a "Into the Groove", de Madonna -satírica, sessentista, à Fat Boy Slim), o primeiro single, "Crazee Horse" (Stooges para pistas de dança, com muitas guitarras), "Cold Rock in the Mic" e a velha "Lost in Space" (música-tema do filme "Perdidos no Espaço", de 98) têm letras divertidas e batidas fortes, prontas para festas. Só possuem pouca durabilidade musical -parece que eles estão brincando de verdade. Hoje em dia, não soa tão novo esse tipo de brincadeira, ideal para videogame. Músicas fast food com alguns barulhos bons. (MN) Avaliação:  Daúde Neste ano, a baiana Daúde está se aproximando da música eletrônica com mais coerência. Depois de se apresentar com o duo paulistano Nude no festival "Tribos Eletrônicas", em fevereiro, a cantora, com ares de diva (por que não há divas -de nenhum gênero- no Brasil?), lança "Simbora" (Natasha Records), com músicas de seus dois álbuns anteriores bem produzidas e remixadas por Suba, Bid, Will Mowatt, Dudu Marote. Como ela própria disse, não é um disco novo, é um projeto paralelo. E, como tal, cumpre sua função nada experimental -é para ouvidos domados pela MPB. "Não Identificado", de Caetano Veloso, ganhou roupagem drum'n'bass por Bid, quase sem forçar. Suba revitalizou "Marinheiro Só", também de Caetano, e Daúde põe erotismo numa música quase folclórica. Patativa do Assaré, quem diria, em "Vida Sertaneja", é transformado em hip hop, repente com pífanos, de resultado meramente convencional. "Simbora" é disco para dançar, mas não muito -talvez para ambientar restaurantes "mudernos". É um começo. (MN) Avaliação: Texto Anterior: Control Machete Próximo Texto: Download Índice |
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