São Paulo, Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2000


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Se condenado, músico pode ficar 15 anos na cadeia

especial para a Folha

Por estar com uma pistola 9 milímetros roubada e carregada em seu carro, em 27 de dezembro, Sean "Puffy" Combs pode amargar 15 anos na cadeia. Junto com uma outra 9mm, supostamente jogada pela janela do carro, a arma foi encontrada pela polícia quando Puffy e sua namorada, a atriz Jennifer Lopez -não se pode dizer que nem tudo está perdido para o rapper-, deixavam em alta velocidade um clube nova-iorquino onde momentos antes tivera lugar um tiroteio.
Na delegacia, onde deixou US$ 10 mil como fiança, afirmou sua inocência, que espera ser confirmada no processo instaurado contra ele. Puffy deve voltar aos tribunais em 14 de fevereiro.
"A decisão de me indiciar é errada", disse. "Sou inocente e vou provar. Tenho fé em Deus, sei que vou sair limpo." A acusação insiste que uma das armas usadas no risca-faca -três pessoas saíram feridas- coincide com a encontrada no carro de Puffy.
Policiais afirmaram que, ao deixar o local em velocidade, o carro de Puffy -com o casal famoso no banco de trás- atravessou "pelo menos" um sinal vermelho.
Sobrou, naquela noite, também para Jennifer Lopez, que passou 14 horas detida, embora não tenha sido, ao final, acusada judicialmente. Ela testemunhou em favor do rapper, dizendo não ter visto, "em nenhum momento daquele dia", Puffy armado.
Aspones de Puffy também foram indiciados. O candidato a rapper Jamal "Shyne" Barrow, por tentativa de assassinato; o guarda-costas de Puffy, Anthony Jones, por porte ilegal de armas.
O advogado de Puffy, Johnnie Cochran, que teve entre seus clientes o jogador de futebol americano O.J.Simpson, disse na semana passada que as impressões digitais de seu cliente não foram encontradas nas armas.
Não é a primeira vez que Puffy é detido. Em abril de 99, deixou sua vítima com o braço quebrado. Usando uma cadeira como arma, atacou Steve Stout, o manager do rapper Nas, com quem Puffy havia compartilhado a faixa e o clipe promocional "Hate me Now", do álbum "I Am", penúltimo de Nas.
Tudo porque Nas e Stout não concordaram em deletar do clipe a cena em que Puffy, qual Cristo (ou Barrabás), aparece crucificado e entoando o refrão "você vai me odiar agora".
Na época, arrependido, disse: "Aprendi muito com o episódio".
(PV)

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