COLUNISTA DA FOLHA

Fazer uma refeição barata exige, geralmente, uma dupla arte. De um lado, o restaurante deve tomar suas providências, da escolha das toalhas ao fornecedor de peixe, para que o preço não suba. De outro, o cliente tem que usar de malícia nas escolhas.
Veja a Casa do Churrasqueiro, na Vila Nova Conceição. A pinta do lugar já dá esperanças a quem não quer gastar muito: fica nos fundos de uma loja de carnes e apetrechos para churrasco. Só quem entra percebe que lá no fundo existem mesas e uma grelha.
Ali instalado (a casa só abre no almoço), é hora de tomar as decisões. Nos dias de semana é mais fácil ser econômico: há um cardápio executivo em que os grelhados começam em R$ 18, já com dois acompanhamentos. No cardápio normal, o preço sobe, começando na casa dos R$ 27, menos o assado de tira, a R$ 23. As carnes têm boa procedência, valem o preço. Valem, inclusive, estratégias como: numa mesa de dois, pedir uma boa lingüicinha; depois, a macia costela assada por 12 horas e um acompanhamento e dividir tudo. A conta, inclusive (neste caso, R$ 52,10 fora couvert, serviço e bebidas). Você terá feito a sua parte e ainda sairá feliz porque o estacionamento foi cortesia.
(JM)

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