São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

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BEBIDA

Chardonnay branco conquista enólogos

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

No universo dos vinhos brancos, poucas uvas têm tido tanto sucesso como a Chardonnay. Oriunda da Borgonha, na França, ela tem se adaptado facilmente a diversos terrenos e latitudes. Por isso acabou conquistando os enólogos do Velho e do Novo Mundo, que modelam com ela exemplares leves e elegantes (do perfil de um Chablis) como, no extremo oposto, vinhos densos do tipo dos Chardonnay californianos.
Para quem gosta dos brancos desta versátil variedade, seguem três sugestões de diferentes estilos de Chardonnay. Na ala dos mais leves, uma das boas pedidas é o Echeverría Unwooded 2003. A Echeverria é uma firma chilena com raízes na região de Molina, ao sul de Santiago. O seu Chardonnay não teve contato com barris e predomina nele a fruta (abacaxi, maçã em calda, toques cítricos), que marca o seu paladar com boa acidez (87/ 100, R$ 33, Paralelo 35 Sul, tel. 0/xx/ 11/ 6698-7742).
Se a preferência for por um vinho mais encorpado e com certo verniz de madeira, outro chileno, o Chardonnay Reserve 2003 da Cono Sur, é uma boa escolha. Elaborado com uvas do Vale de Casablanca, ele tem aroma intenso e agradável (maçã, leve manga, cravo), boa presença em boca e final longo (88/100, R$ 82, Enoteca Fasano, tel. 0/ xx/11/ 3069-3959).
Já no canto dos vinhos mais robustos, quem leva os louros é um exemplar europeu: o Planeta 2002, um Chardonnay da Sicília. Jovem vinícola, a Planeta tem ajudado a consolidar a maior ilha do Mediterrâneo como berço de alguns dos grandes vinhos italianos. A casa tem belos tintos, mas o claro destaque da adega nos últimos anos tem sido o seu Chardonnay.
A edição 2002 do ícone da casa (e um dos melhores brancos da Europa) mostra perfume intenso e envolvente (fruta concentrada, toques torrados e de especiaria), sabor amplo, exuberante e muito persistente (93/100, R$ 167,40, Expand, tel. 0/xx/11/ 4613-3333).

ARGENTINO EQUILIBRADO
Corte de uvas Tempranillo (85%) e Malbec, o Finca la Pampa 2004, da adega Argentina Salentein, é um tinto de corpo médio, paladar redondo e equilibrado, marcado por sabor de frutas vermelhas. Boa pedida para escoltar massas e carnes grelhadas (85/100, R$ 16, Winehouse, tel. 0/xx/11/ 3704-7313).

NOVOS CHILENOS
Os vinhos de duas novas adegas aumentam o elenco de goles chilenos disponíveis no Brasil: a Casas Patronales e a Botacura, representadas pela importadora KMM (tel. 0/xx/ 11/3819-4020). Os tintos e brancos da Botacura estão assinados pelo enólogo francês Philippe Debrus, que já criou belos vinhos Valdivieso.


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