São Paulo, sexta-feira, 24 de março de 2000


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Peça tem bate-papo na Web

da Redação

Uma das cenas mais hilariantes de "Mais Perto" -que não é exatamente uma comédia- é absolutamente silenciosa e exigirá uma boa visão dos seus espectadores.
Um telão de grandes proporções -"uns 6 metros por 7 metros", segundo o diretor Hector Babenco- mostrará, durante cerca de cinco minutos, a conversa picante que os personagens de José Mayer e Marco Ricca têm pela Internet na terceira cena do espetáculo.
Esse é o momento da peça em que Dan, o personagem de Ricca, ilude Larry, passando-se por Anna (Renata Sorrah) em uma sala de bate-papo na rede.
"A coisa inovadora do texto está aí, pois ele incorpora algo que todo mundo vive", disse Gringo Cardia, o cenógrafo dessa montagem. "A cena não tem fala, não tem trilha sonora, é só escrita, só o barulhinho do teclado. É um pedaço da peça em que você só fica lendo. Não é indicada para cegos", brincou.
"Essa cena será como uma tela de computador gigante dentro do teatro escuro", definiu Babenco. "As pessoas vão ter de ler e seguir o texto, em silêncio. Cada ator vai estar no seu local, digitando. Temos ensaiado as ações dos atores com o teclado."
Patrick Marber, o autor de "Mais Perto", disse à Folha em entrevista por e-mail que considera a Internet "apenas um novo lugar para conhecer pessoas, nem mais nem menos". (MV)


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