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SALÃO DO LIVRO 2000
Vigésima edição do evento, que homenageou Portugal, foi visitada por 234 mil pessoas
Feira de Paris recebe público recorde
de Paris
O Salão do Livro de Paris 2000,
20ª edição do evento que terminou anteontem e teve este ano
Portugal como convidado de honra, contabilizou um público recorde de 234 mil visitantes, 5,8% a
mais do que em 99 (221 mil). "Foi
uma edição histórica", afirmou
Serge Eyrolles, presidente do Sindicato Nacional de Edição (SNE),
um dos principais organizadores
da feira parisiense.
Eyrolles anunciou que a Alemanha foi o país escolhido para
substituir Portugal -"que contribuiu muito para esse sucesso"- como país homenageado
em 2001.
O coordenador da participação
portuguesa no Salão do Livro,
Eduardo Prado Coelho, afirmou
que "jamais nossos escritores foram tão valorizados".
O prêmio especial Salão do Livro/A Descoberta de Portugal, foi
entregue a Antonio Lobo Antunes, pela versão francesa do livro
"O Esplendor de Portugal". Antunes, considerado um dos mais
importantes escritores contemporâneos de língua portuguesa,
foi também um dos mais procurados nas sessões de autógrafos
da feira, que, aliás, foram outra
causa do sucesso do Salão.
"Eu estou surpreso, emocionado pela acolhida da França. Escrever é um trabalho solitário e participar do Salão faz muito bem",
comentou Antunes.
No quesito autógrafos, houve
ainda outros dois grandes destaques na feira. O primeiro deles foram as duas sessões de três horas
do escritor Paulo Coelho, sábado
e terça últimos, para cerca de
2.000 fãs.
"No segundo dia eu precisei
apenas assinar os livros, sem dedicatória, para evitar problemas
com as pessoas que esperavam na
fila durante horas", afirmou Coelho, que lançou a versão francesa
de "Veronika Decide Morrer",
pela editora Anne Carrière, com
tiragem de 200 mil volumes.
Já a eterna musa do cinema
francês Brigitte Bardot preferiu
dar meia volta e deixar os fãs esperando, assustada com a multidão. Ela autografaria suas memórias "Initiales B.B.", no sábado,
mas desistiu no último minuto.
Os encontros entre o público e
os 55 escritores de língua portuguesa convidados, entre eles José
Saramago, Prêmio Nobel de Literatura, foram os pontos altos da
feira. Um dos mais mais concorrido reuniu os escritores Mia Couto
(Moçambique), Luis Cardoso (Timor Oriental), Abdulai Sila (Guiné-Bissau) e Ken Bugul (Senegal)
para debater o tema "Lusofonia,
Francofonia: Diálogo em Direto".
(FÁTIMA GIGLIOTTI)
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