THIAGO NEY
DA REDAÇÃO

Cerca de 20 minutos. Ou 20 horas. Depende de qual martírio escolher. Esse foi o tempo de "espera" para as milhares de pessoas que tentaram conseguir os parcos últimos ingressos para o concorrido Curitiba Pop Festival, que acontece em 7 e 8 de maio na capital paranaense.
O evento, que terá Pixies (EUA) e Teenage Fanclub (Escócia), entre outros grupos, acontecerá na Ópera de Arame, local com capacidade para 3.000 pessoas.
Na terça-feira da semana passada (dia 16), foi colocado à venda, pela internet, um primeiro lote, com 2.000 ingressos. Esgotaram-se em três horas. Os preços: R$ 40 (para a sexta-feira, dia do Teenage Fanclub), R$ 80 (para o sábado, dos Pixies) e R$ 100 (pacote para os dois dias do festival).
Para o segundo e último lote, a organização havia separado 500 ingressos para serem vendidos pelo ticketcenter.com.br e outros 500 para os que foram pessoalmente ao Memorial de Curitiba. O site iniciou a venda às 14h. Às 14h20 quem tentava a compra pela rede já não encontrava nada.
O drama para conseguir ingressos no Memorial de Curitiba não foi menor. A abertura das bilheterias estava prevista para as 12h -e desde as 20h de domingo havia gente na porta do local.
Para tentar evitar a ação de cambistas, seriam vendidos apenas dois ingressos por pessoa. Assim, foram distribuídas 250 senhas entre os que estavam na fila. "Cheguei lá às 12h, mas as últimas senhas foram distribuídas para quem havia chegado às 6h", disse a jornalista Jamille Pinheiro, 20.
Os últimos ingressos foram às mãos de seus compradores apenas às 18h. Algumas pessoas que haviam conseguido senhas chegaram a reclamar, em vão, que acabaram sem ingresso.
A corrida pelos ingressos da segunda edição do Curitiba Pop Festival (CPF) explica-se pela expectativa em torno do show dos Pixies, cultuadíssima banda norte-americana que retorna à ativa após 11 anos. Será o único show do grupo na América Latina.
A organização do CPF não descarta alterações no formato do evento, como mudança de local ou acréscimo de datas. "Os Pixies queriam fazer apenas um show no Brasil. Para mudar isso, temos que mudar o contrato", disse a organizadora Paoula Wescher.


Texto Anterior: Cinema: Roman Polanski prepara longa infantil
Próximo Texto: 13º Festival de Curitiba: Fringe saúda Bertolt Brecht em três peças
Índice