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"ANDANDO NAS NUVENS"/CRÍTICA
Nova novela parou no tempo
FRANCISCO MARTINS DA COSTA
Editor do TV Folha
Marco Nanini "acordou"
após 18 anos de "doença do sono" anteontem no primeiro capítulo da novela "Andando nas
Nuvens", da Rede Globo.
Quando ele assistir um pouco
de TV, na certa vai pedir para
dormir mais uns aninhos.
É que o mundo todo mudou
muito, menos o universo no
qual Otávio Montana (Nanini)
vive, o das novelas.
Em 81, quando ele "dormiu",
Natália do Valle e dois Tony
Ramos dançavam em "Baila
Comigo", de Manoel Carlos, às
20h, e Glória Menezes e Maitê
Proença disputavam Paulo
Goulart em "Jogo da Vida", de
Sílvio de Abreu, às 19h. Ou seja:
os mesmos autores e atores de
"Torre de Babel" e "Por Amor".
Mas nem tudo está perdido.
Na estréia, "Andando nas Nuvens" apresentou muita ação e
um elenco simpático, cheio de
galãs (como Marcos Palmeira e
Marcelo Novaes) e que traz de
volta às novelas duas estrelas
do saudoso "TV Pirata" (Débora Bloch e Nanini).
Alguns atores vieram apenas
repetir performances de sucesso, como Vivianne Pasmanter,
cuja Bete ressuscita a Laura de
"Por Amor", Nicette Bruno (a
mãe superprotetora de sempre) e Cláudio Marzo, novamente um empresário malvado, como em "Era uma Vez".
O pior de tudo na estréia foi a
cena em que a superjornalista
de Débora Bloch se disfarça e
invade a suíte de hotel onde se
hospeda um empresário árabe
que não quis lhe dar uma entrevista. Lá ela fuça as coisas do
sujeito e obtém informações da
maneira menos ética possível.
Em que "padrão" de jornalismo se inspiraram?
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