São Paulo, sexta, 24 de abril de 1998

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Escritora foi ativista política

da Sucursal do Rio

Pagu, apelido de Patrícia Rehder Galvão, nasceu em São João da Boa Vista (SP) em 1910. Escritora, jornalista e ativista política tornou-se conhecida nos meios intelectuais a partir de 1928, quando foi apresentada pelo poeta Raul Bopp ao casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
Em 1929, começa seu romance com Oswald de Andrade, que por ela deixa Tarsila do Amaral. Na época, já colaborava com desenhos para a "Revista de Antropofagia". Juntos, os dois escrevem o diário "Romance da Época Anarquista ou Livro das Horas de Pagu que São Minhas".
Em 1931, Pagu filia-se ao PCB e passa a publicar a coluna "A Mulher do Povo", no jornal "O Homem do Povo", que edita com Oswald e que foi proibido pela polícia após oito edições.
Em 1934, muda-se para Paris, onde filia-se ao PC francês. Trabalha no jornal "Avant-Garde", é ferida em lutas de rua e presa três vezes. Faz amizades com intelectuais franceses como André Breton e Paul Éluard. Escapa de ser deportada para a Alemanha nazista por intervenção do embaixador brasileiro Souza Dantas. Volta ao Brasil e separa-se de Oswald.
Em 1935 é presa no Rio por causa do levante comunista e condenada a dois anos de prisão, mas foge em 1937. No ano seguinte é presa novamente e condenada a mais dois anos e meio de prisão pelo Tribunal Nacional de Segurança do Estado Novo.
Libertada em 1940, casa-se com o escritor Geraldo Ferraz e com ele escreve o romance "A Famosa Revista", publicado em 1945.
Patrícia Galvão morreu em Santos em 12 de dezembro de 1962.
(CG)



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