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Tuareg tem cozinha libanesa elaborada
JOSIMAR MELO
especial para a Folha
A comida árabe, ou libanesa, faz
parte da paisagem gastronômica
paulistana. Em duas modalidades:
a de fast food, com quibes e esfihas
que socorrem tanta gente no momento de sufoco (de tempo ou de
dinheiro...); e uma outra, que já foi
rara em São Paulo -a dos restaurantes de cozinha mais elaborada,
para ser apreciada com calma.
É onde se inscreve o Tuareg,
aberto em setembro do ano passado, no Jardim Paulista. Não é que
ali não sejam servidos os quibes,
as pastinhas, o pão sírio que são de
lei. Também não quer dizer que
nele os preços sejam exorbitantes.
Mas o cardápio -que abarca
também o norte da África e Oriente Médio- abre a possibilidade de
uma refeição mais variada. Além
disso, tem o comando de um chef
de experiência com a alta cozinha
libanesa, servida em seu país em
restaurantes onde uma refeição é
um lento ritual de horas à mesa.
O Tuareg já nasceu sob o signo
da gastronomia. Seus proprietários, Vera Lúcia Haddad (advogada) e André Luiz Haddad (biomédico), tia e sobrinho, resolveram
se dedicar à paixão pela culinária.
André, que cozinha como amador
há 20 anos, agora se dedica integralmente ao restaurante.
Depois de inaugurada, a casa ganhou o reforço de Benon Chamilian, chef libanês de prestígio em
sua terra e que veio ao Brasil primeiramente para trabalhar no extinto Mandalun. De lá para cá,
passou por outras casas, e agora
cuida da cozinha do Tuareg.
A mão do chef aparece logo no
couvert: potinhos com coalhada
seca, berinjela assada, sementes de
zaatar com azeite e amêndoas, salada de pimentão com nozes e suco de romã. Um bom começo.
Uma refeição pode ser feita somente com as entradas -salada
de favas com azeite, limão e alho
(um pouco pesada, embora com
molho saboroso), berinjela frita
com suco de romã, além das pastas de berinjela e de grão de bico.
Os pratos vão do chich barack
(capelete de carne cozido em coalhada) ao cuscuz marroquino
-este, decepcionante: tem uma
apresentação adaptada, com cordeiro cozido num molho grosso e
legumes sem caldo, mas, por isso,
o cuscuz vem seco ao prato. Pena.
Restaurante: Tuareg
Cotação: bom / $$
Onde: r. Oliveira Dias, 444, tel. 011/884-8868
Quando: ter a qui, 12h/15h e 18h/24h; sex e
sáb, 12h/15h e 18h/24h; dom, 12h/18h
Cozinha: libanesa, de boa qualidade
Ambiente: duas grandes salas com uma decoração das arábias
Serviço: corriqueiro, com garçons fantasiados; manobrista
Cartão: A., D., M., S. e V.
Quanto: entradas, R$ 7,90 a R$ 9,90; porções, R$ 4,90 a R$ 9,90; grelhados, R$ 11,50
a R$ 17,90; pratos quentes, R$ 13,90 a R$
19,90
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