São Paulo, sexta, 24 de abril de 1998

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Tuareg tem cozinha libanesa elaborada

JOSIMAR MELO
especial para a Folha

A comida árabe, ou libanesa, faz parte da paisagem gastronômica paulistana. Em duas modalidades: a de fast food, com quibes e esfihas que socorrem tanta gente no momento de sufoco (de tempo ou de dinheiro...); e uma outra, que já foi rara em São Paulo -a dos restaurantes de cozinha mais elaborada, para ser apreciada com calma.
É onde se inscreve o Tuareg, aberto em setembro do ano passado, no Jardim Paulista. Não é que ali não sejam servidos os quibes, as pastinhas, o pão sírio que são de lei. Também não quer dizer que nele os preços sejam exorbitantes.
Mas o cardápio -que abarca também o norte da África e Oriente Médio- abre a possibilidade de uma refeição mais variada. Além disso, tem o comando de um chef de experiência com a alta cozinha libanesa, servida em seu país em restaurantes onde uma refeição é um lento ritual de horas à mesa.
O Tuareg já nasceu sob o signo da gastronomia. Seus proprietários, Vera Lúcia Haddad (advogada) e André Luiz Haddad (biomédico), tia e sobrinho, resolveram se dedicar à paixão pela culinária. André, que cozinha como amador há 20 anos, agora se dedica integralmente ao restaurante.
Depois de inaugurada, a casa ganhou o reforço de Benon Chamilian, chef libanês de prestígio em sua terra e que veio ao Brasil primeiramente para trabalhar no extinto Mandalun. De lá para cá, passou por outras casas, e agora cuida da cozinha do Tuareg.
A mão do chef aparece logo no couvert: potinhos com coalhada seca, berinjela assada, sementes de zaatar com azeite e amêndoas, salada de pimentão com nozes e suco de romã. Um bom começo.
Uma refeição pode ser feita somente com as entradas -salada de favas com azeite, limão e alho (um pouco pesada, embora com molho saboroso), berinjela frita com suco de romã, além das pastas de berinjela e de grão de bico.
Os pratos vão do chich barack (capelete de carne cozido em coalhada) ao cuscuz marroquino -este, decepcionante: tem uma apresentação adaptada, com cordeiro cozido num molho grosso e legumes sem caldo, mas, por isso, o cuscuz vem seco ao prato. Pena.

Restaurante: Tuareg Cotação: bom / $$ Onde: r. Oliveira Dias, 444, tel. 011/884-8868 Quando: ter a qui, 12h/15h e 18h/24h; sex e sáb, 12h/15h e 18h/24h; dom, 12h/18h Cozinha: libanesa, de boa qualidade Ambiente: duas grandes salas com uma decoração das arábias Serviço: corriqueiro, com garçons fantasiados; manobrista Cartão: A., D., M., S. e V. Quanto: entradas, R$ 7,90 a R$ 9,90; porções, R$ 4,90 a R$ 9,90; grelhados, R$ 11,50 a R$ 17,90; pratos quentes, R$ 13,90 a R$ 19,90



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