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NETVOX
Aura digital
MARIA ERCILIA
do Universo Online
Call, personagem de Winona
Ryder em "Alien 4", usa uma
bombinha para simular o hálito de um vilão. Assim disfarçada, consegue ultrapassar uma
porta de aspecto intransponível. A cena é um dos poucos
lances de humor de um filme
pesado e afetado -e com certeza é a menos impossível.
O uso das medidas, formatos
e cores da anatomia humana
para verificação de identidade
tem nome: é a biométrica. Ou,
para quem prefere algo mais
poético, aura digital.
Esses sistemas estão deixando de ser coisa de filme. Um teclado especial (www.keytronic.com) pode escanear
impressões digitais. Um sistema de reconhecimento de voz
(www.veritelcorp.com) analisa
a voz de uma pessoa em um
minuto. Outros sistemas: verificação da íris, reconhecimento de rostos (www.miros.com)
e de formato das mãos.
A maioria desses sistemas já
funciona e está pronta para
instalação em computadores,
caixas automáticos, máquinas
de ponto etc.
A biométrica parece que empresta olhos, ouvidos e tato a
um mundo de máquinas cegas
e surdas que têm por tarefa reconhecer e confirmar a identidade das pessoas. Pode ajudar
a resolver problemas comuns
no mundo informatizado, em
que números e códigos dão
acesso ao crédito e à identidade de qualquer desprevenido.
Mas pensemos somente no
comércio. Os novos sistemas de
pagamento, cada vez mais,
obrigam o comprador a entregar sua identidade, seja em códigos e números, seja, num futuro próximo, em pedaços da
sua anatomia.
Os smart cards que estão sendo desenvolvidos por bancos e
empresas de cartão de crédito
carregam sabe-se lá quanta informação sobre o dono num
pequeno chip -dentro do próprio cartão.
No entanto, nós tínhamos
um sistema de compras seguro
e anônimo. Era o dinheiro
mesmo, cédulas, notas.
Que vira artigo cada vez
mais raro. Algumas vezes, nos
últimos meses, precisei de
quantias em dinheiro. Não
eram muito grandes -mas,
invariavelmente, o caixa me
pedia licença e ia buscar as notas não sei aonde.
Cada vez mais usamos cheques, cartões de crédito, cartões de débito -e cada transação que fazemos fica registrada em algum lugar.
Não seria impossível produzir dinheiro eletrônico anônimo, mas interessa mais às empresas que dinheiro e identidade estejam ligados.
WEB-LEÃO
O Brasil ganhou seu primeiro
"Cyberlion" -o novo troféu do
Festival de Propaganda de Cannes
para mídia interativa. Quem levou
foi a DM9, pelo site da Semana de
Criação -www.semana.com.br. O site
vencedor do Grand Prix foi um site/porta-fólio desenhado pelo estúdio inglês The Hub (www.frankherholdt.co.uk).
Falando em propaganda, a
F/Nazca lança seu site (www.fnazca.com.br), com um game/protetor de tela de futebol, baseado na
sua campanha para a Skol.
UMA PERGUNTA PARA...
Antonio Tavares, diretor do provedor de acesso Dialdata e diretor-presidente da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de
Acesso, Serviços e Informações da
Internet).
Folha - Quantos brasileiros usam
a Internet?
Antonio Tavares - Baseado numa pesquisa que a Abranet fez junto a provedores, estimo que há hoje 1 milhão de assinantes e 500 mil
usuários de caixas postais.
Perguntamos o número de usuários de 422 provedores brasileiros.
Com exceção de alguns poucos,
que não informam seu número de
assinantes, fizemos um levantamento bastante completo.
Outros resultados da pesquisa:
Esses provedores somam 51.526
linhas telefônicas. Entre eles, 9,2%
têm menos de 10 linhas; 15,8% têm
entre 11 e 20 linhas; 33% têm entre
21 e 50 linhas, e 19,8% têm entre 51
e 100 linhas.
Os resultados ainda indicam que
16,2% dos provedores têm entre
101 e 300 linhas; 2,4% têm entre 301
e 500 linhas, e 2,2% têm acima de
500 linhas (11 provedores).
Distribuição geográfica: 39,2%
do total de usuários estão em São
Paulo -29,1% na capital, 8% no
interior e 2,1% no litoral.
Nenhum Estado chega a ter 1%
das linhas telefônicas usadas para
acesso à Internet. São Paulo, que
tem pouco mais de 7,5 milhões de
linhas, tem uma taxa de ocupação
de 0,22%.
Média de número de usuários
por linha nos provedores entrevistados: 13,6.
SANTOS EM CLIMA DE RELICÁRIO
Os meninos do Distopia, Thiago Boud'hors e Celso Reeks, atacam outra vez com o belíssimo site
Sanctu (www.distopia.com/sanctu), cheio de figurinhas de santos em clima de relicário e uma paleta de
cores acesa, com muito verde-limão, magenta e amarelo
E-mail: netvox@uol.com.br
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