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TELEVISÃO
Patriótico, Emmy premia "Friends" e "The West Wing"
SÉRGIO DÁVILA
ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES
Em sua versão 2002, o Emmy, o
Oscar da TV norte-americana,
atirou para todos os lados e acertou, preferencialmente, na chamada "comfort food", a comida
reconfortante televisiva, que ganhou força no país depois de 11 de
setembro do ano passado.
Assim, em sua oitava temporada e depois de concorrer (e perder) quatro outras vezes, a comédia de situações "Friends" foi finalmente agraciada anteontem à
noite em duas das três categorias
mais importantes a que concorria, melhor comédia e melhor
atriz (Jennifer Aniston).
Não levou a de ator, a que concorriam Matt LeBlanc e Matthew
Perry -o merecido ganhador foi
o cada vez mais engraçado Ray
Romano, do cada vez melhor
"Everybody Loves Raymond".
A mulher mais bonita da noite
junto de Jennifer Garden, de
"Alias", que perdeu em sua categoria, atriz dramática, Aniston
subiu ao palco depois de beijar
seu marido, Brad Pitt, a quem
agradeceu por último no discurso. O casal sentava nos dois melhores lugares do Shrine Auditorium, em Los Angeles.
Ao lado deles, também na primeira fila, se espalhava o elenco
de "The West Wing", o grande
premiado nas categorias dramáticas. O governo de uma fictícia (e
democrata) Casa Branca levou
melhor série pelo terceiro ano
consecutivo, mais atriz (Allison
Janney) e ator e atriz coadjuvantes, batendo feio o rival (e superior) "Six Feet Under".
O ataque terrorista que acaba de
completar um ano e adiou por
duas vezes a cerimônia do ano
passado deu o tom na noite de domingo. Para começar, pela presença do indefectível ex-prefeito
de Nova York, Rudolph Giuliani,
que parece envelhecido porque
decidiu deixar de usar peruca desde 11 de setembro último.
O político agradeceu às quatro
maiores emissoras abertas pela
exibição do especial "America -°A
Tribute to Heroes", evento beneficente que reuniu diversos artistas e foi premiado na categoria
programa especial.
Outro momento patriótico
aconteceu quando da premiação
de "Band of Brothers", minissérie
sobre a Segunda Guerra de Tom
Hanks e Steven Spielberg, que
conta a história de um batalhão
do Exército norte-americano durante a guerra. Ambos levaram
para o palco um dos sobreviventes, que depois de discursar fez
uma saudação militar à platéia.
Lá fora, os convidados enfrentavam o esquema de segurança
mais rigoroso da história da premiação, com helicópteros, revistas de limusines, barreiras de raio-X e cachorros farejadores de
bomba. De quebra, manifestantes
religiosos ultraconservadores
condenavam a comunidade televisiva norte-americana à danação
eterna em cartazes que diziam
que o fim não demora a chegar.
De resto, a cerimônia de entrega
dos prêmios poderia ensinar muito ao seu primo rico, o Oscar: foi
econômica, sucinta e efetiva. Parte da responsabilidade é do comediante Conan O'Brien, que conduziu a noite. Engraçado, o apresentador valeu a noite.
Principalmente no clipe do começo, em que finge ter perdido a
hora por ter dormido na mansão
dos Osbournes e então é levado
por engano por Ozzy para a gravação de "The Price is Right".
O jornalista Sérgio Dávila viajou a convite da Sony
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