São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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CONEXÃO POP

Mais do hermano


Leitores reclamam sobre críticas feitas na semana passada ao disco solo de Marcelo Camelo

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

NA COLUNA publicada na sexta-feira passada gastei algumas linhas para comentar o disco solo de Marcelo Camelo e as músicas novas de Rodrigo Amarante (as últimas estão em www.myspace.com/littlejoymusic) -os dois rostos mais conhecidos do Los Hermanos. "Beira o insuportável", escrevi sobre o álbum de Camelo, antes de elogiar as faixas de Amarante.

 

"O que beira o insuportável são suas palavras...", revoltou-se Alexandre Castro, por e-mail. "Se você acha feio o que não é espelho, deixe esse Narciso de lado."
Para Zenon Nascimento, "o novo CD de Marcelo Camelo é tão natural que podemos ouvir o barulho do mar ao fundo, as letras são curtas, totalmente desprendidas de algum tipo de método. Quer mais naturalidade que isso?".
André Belote faz alguns xingamentos e pede para que eu "meça as palavras" nas críticas. Marcelo Reis avisa: "O CD do Marcelo Camelo chama-se "Sou". "Nós" só aparece quando você vira a capa do CD de cabeça para baixo" [É que eu prefiro o disco de ponta- cabeça].
Já Danio Carreguer pergunta "Quem é Thiago?". Luciane Cristina de Oliveira diz que "as músicas são melancólicas, mas melodiosas.
É óbvio que não agradaria aos adoradores da música "bate-estaca", porém, sem dúvida alguma, agrada e muito aos adoradores da boa música, com letras sensíveis e idílicas". Angelo Santiago segue a mesma linha: "O disco de Marcelo Camelo é uma pérola de delicadeza".
Flavio Beltrão acha que eu peguei pesado com o CD do Camelo.
 

Em menor número, houve gente que mandou e-mail concordando com as críticas. Como Beatriz Caetana, que afirma ter "adorado" as novas músicas de Amarante.
Ou Rodolfo Petelinkar, que achou o disco de Camelo "MUITO MUITO CHATO". Para Renato Pra- do, Camelo está "meio fora de sintonia".
 

Algumas pessoas me mandaram textos a respeito do show de Camelo em Recife, dias atrás. O tímido cantor foi ovacionado; os fãs cantaram junto todas as letras.
Não duvido que o show seja mais animado do que o disco; até ver o meu primo de Botucatu pintar uma cerca é algo mais animado do que ouvir o CD de Camelo. E o fato de mais de meia dúzia de pessoas se motivarem a entoar as letras raquíticas de Camelo diz muito sobre o país em que vivemos.
 

Mallu Magalhães está no disco de Camelo. Em Recife, o cantor chamou a adolescente para o palco.
Mallu chorou. Camelo quase não conteve as lágrimas. Ai, que fofura.
Gotas de luxo caem do céu.
 

Esta coluna passa a ser publicada às quartas-feiras.

thiago@folhasp.com.br


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