|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COVAS X MALUF
Propostas não priorizam periferia e interior
da Reportagem Local
Em fevereiro, o então Secretário
de Estado da Cultura, Marcos
Mendonça, afirmou à Folha que
deixava para seu sucessor "um deserto cultural" na periferia de São
Paulo, além de uma atuação restrita da secretaria no interior.
As propostas dos dois candidatos ao governo, no entanto, não
contemplam como prioritária uma
atuação mais efetiva do Estado
nessas áreas carentes.
O braço do governo nessas regiões são as oficinas culturais. Ao
todo, há 27 delas em todo o território paulista, sendo 11 na capital, sete no interior e nove no litoral.
Não há, nos planos do governador licenciado Mário Covas
(PSDB) ou do candidato Paulo
Maluf (PPB), previsão de construção de novas oficinas ou mesmo a
criação de outra instituição do tipo. Os programas apostam no encurtamento de distâncias para suprir esses vazios.
Para Neide Hahn, coordenadora
do plano de Covas, a "integração
cultural do paulista" será facilitada
com a conclusão do anel viário.
"Não vamos fazer circo em cada
pequeno bairro, isso é clientelismo. Fazer um grande anel viário
emendando os pólos é o primeiro
passo. Depois, faz-se a urbanização para dentro, com trem e metrô,
e então coloca-se a questão do
equipamento. É um pouco ambicioso, mas é a concepção", disse.
Já a proposta malufista enxerga
na modernização e informatização
da estrutura uma possibilidade de
aumentar o número de pessoas
atingidas pela secretaria.
"A prioridade para fazer espaços
multiuso cumpre uma finalidade
democrática e social. Atualizando
os meios de comunicação da secretaria, criando sites, integraremos
interior, litoral e capital", afirmou
Mário Chamie, elaborador da proposta de Maluf.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|