|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Família move criação italiana
da enviada especial
Dois desfiles para 40 pessoas
marcaram ontem de manhã a saída da estilista alemã Jil Sander de
sua própria marca. Com preços
altíssimos e uma qualidade de
produto acima do vaivém das estações, a marca foi comprada pela
Prada nos últimos meses. Insatisfeita, a estilista preferiu anunciar
sua retirada de cena. No mundo
da moda comenta-se até que Jil
Sander vai morar na Índia.
As recentes aquisições azeitaram as engrenagens do Planeta
Fashion. No ano passado, Gucci
adquiriu Yves Saint Laurent
(Tom Ford estréia na marca no
outono), e Patrizio Bertelli, da
Prada (que por sua vez também
tentou adquirir o controle da
Gucci) e Bernard Arnault, da
LVMH (Met Henessy Louis Vuitton), juntaram forças para comprar a lendária casa Fendi, num
negócio de US$ 950 milhões.
Impulsionada pelo sucesso da
bolsa-baguette nos últimos três
anos, a marca romana ficou na
boca de todos, recentemente reforçada por ótimos ventos no território dos acessórios, e pelo excelente trabalho com peles. A coleção (com desfile também marcado para ontem) é desenhada pelo
alemão Karl Lagerfeld, também o
estilista da Chanel.
A estrutura da Fendi, fundada
em 1925, é essencialmente familiar, o que é outra característica do
cenário italiano. As famosas "irmãs Fendi", lideradas por Carla
(Paola, Anna, Franca e Alda são as
outras) cuidavam da companhia
e mesmo agora respondem diretamente por acompanhamento
de produto e comunicação.
Outras marcas de família na cena fashion italiana são a Missoni,
a Benetton, a Bulgari (que em 97
fechou associação com a Ferragamo para os famosos perfumes e
para acessórios), a própria Ferragamo, Anna Molinari (Molinari
desenha a linha principal e a filha
da estilista, Rosella Tarabini, cria
para Blumarine e para a nova Blugirl, com Anna), mais Biagotti,
Trussardi e Versace, claro.
(EP)
Texto Anterior: Desfiles têm entrada caótica Próximo Texto: À milanesa Índice
|