|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
NOS BASTIDORES
Produtor do ano é brasileiro
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Reportagem Local
Talvez até ele já tenha se esquecido disso, mas o melhor produtor de discos do ano, segundo a
opinião do Grammy, também é
brasileiro. Walter Afanasieff, 41,
nascido em São Paulo, tornou-se
nos anos 90 um dos donos do mapa da mina do sucesso fonográfico industrial "made in USA".
Quer saber o que ele faz? Bem, o
prêmio recém-recebido vem de
um pool de produções feitas para
gente de dinheiro na indústria,
como o latino Marc Anthony, o
grupo para adolescentes Savage
Garden, o "midas" do
rhythm'n'blues Babyface, o jazzista de elevador Kenny G e a cantora-atriz Barbra Streisand.
Ex-tecladista de Jean-Luc
Ponty, Afanasieff aprendeu a ser
"midas" quando era assistente de
Narada Michael Walden, produtor estilo "linha de montagem" de
R&B e homem por trás de álbuns
de sucesso de Whitney Houston e
Aretha Franklin.
Fez fama como produtor de
Mariah Carey e se divide atualmente entre o rhythm'n'blues
(Natalie Cole, Peabo Bryson, Luther Vandross) e a onda latina
(Ricky Martin, Marc Anthony).
Nem é debutante em Grammy
-sabe quem produziu "My
Heart Will Go On", "gravação do
ano" de 98 na voz da mulher-Titanic Celine Dion? Pois é.
Os dólares o perseguindo, adivinhe quem o procurou outro dia?
Michael Jackson, em pessoa, para
quem Afanasieff está produzindo
uma faixa do novo álbum, chamada "Fall Again" -que, dizem,
ostentará sabor latino.
Produtor daqueles que compõem, arranjam, palpitam e às vezes mandam nos produzidos, ele
já anda tecendo comentários sobre Michael Jackson na mídia
americana.
"Ele tem de parar com aquele
choro no fim de cada frase, com
aquela coisa de estalar os dedos.
Tudo isso envelheceu, ele tem de
se reinventar. Não pode nos dar
de novo o que já cansamos de ouvir", afirmou a um site na Internet. Uau.
Texto Anterior: Caetano Veloso prefere "Oscar" brasileiro a Grammy Próximo Texto: Falta prêmio para efeitos especiais Índice
|