|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FANTASPORTO 2000
Portugal abre seu festival fantástico
do enviado ao Porto
Com um olho no cinema fantástico e o outro nos grandes filmes
americanos e europeus, o Fantasporto - Festival Internacional de
Cinema do Porto clama por seu
lugar no rol dos festivais de cinema que importam e abre sua 20ª
edição esta noite com a exibição
do filme "Meninos Não Choram"
("Boys Don't Cry").
Peso pesado do Oscar, por culpa
das elogiadas atuações das atrizes
Hilary Swank e Chloe Sevigny, a
produção americana (que estréia
no Brasil dia 10 de março) dá inicio à fase competitiva do festival,
que na verdade já começou desde
o dia 18, com retrospectivas em
comemoração às 20 edições do
Fantasporto.
Antes da sessão de "Meninos
Não Choram", o ministro português da Cultura, Manuel Maria
Carrilho, faz no tradicional teatro
Rivoli o discurso de abertura do
festival, que nasceu em 1981 dando atenção apenas aos filmes de
terror e ficção científica.
Neste ano, o festival propaga
números tais como 400 exibições
de filmes em oito salas, até o próximo dia 7.
Na Sessão Oficial Fantástica, o
destaque americano é a estréia na
Europa da sequela "Scream 3"
("Pânico 3"), de Wes Craven. Mas
a aposta mesmo será na nova geração do cinema fantástico europeu. "The Nine Lives of Thomas
Katz", estrelado pelo ator inglês
Ben Hopkins, e o alemão "Tuvalu", de Veit Helmer, chegam ao
festival como favoritos.
O Fantasporto abriga ainda um
ciclo com seis filmes da fase francesa do cineasta espanhol Luis
Buñuel, que faria 100 anos nesta
semana, além de uma mostra de
curta-metragens de ficção e uma
de clipes de rock. E uma "noite de
vampiros" está prometida para o
encerramento, no dia 4.
Brasil
Em nome da efeméride do Descobrimento, o cinema brasileiro é
agraciado com duas mostras e
uma série de exibições neste 20º
Fantasporto.
O cineasta Ivan Cardoso é o organizador da mostra "Glauber/Nelson", que terá 23 filmes dos diretores Nelson Pereira dos Santos e
Glauber Rocha, incluindo o polêmico "Di", ensaio cinemanovista
do diretor baiano no velório do
pintor Di Cavalcanti. Um outro
cinema brasileiro, o de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, vai ter
reverência no festival, com cinco
filmes.
(LÚCIO RIBEIRO)
Texto Anterior: Cinema - Oscar: Indicados estréiam a reboque da estatueta Próximo Texto: Festival: Buñuel é atração de Cannes 2000 Índice
|