São Paulo, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2000


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FANTASPORTO 2000
Portugal abre seu festival fantástico

do enviado ao Porto

Com um olho no cinema fantástico e o outro nos grandes filmes americanos e europeus, o Fantasporto - Festival Internacional de Cinema do Porto clama por seu lugar no rol dos festivais de cinema que importam e abre sua 20ª edição esta noite com a exibição do filme "Meninos Não Choram" ("Boys Don't Cry").
Peso pesado do Oscar, por culpa das elogiadas atuações das atrizes Hilary Swank e Chloe Sevigny, a produção americana (que estréia no Brasil dia 10 de março) dá inicio à fase competitiva do festival, que na verdade já começou desde o dia 18, com retrospectivas em comemoração às 20 edições do Fantasporto.
Antes da sessão de "Meninos Não Choram", o ministro português da Cultura, Manuel Maria Carrilho, faz no tradicional teatro Rivoli o discurso de abertura do festival, que nasceu em 1981 dando atenção apenas aos filmes de terror e ficção científica.
Neste ano, o festival propaga números tais como 400 exibições de filmes em oito salas, até o próximo dia 7.
Na Sessão Oficial Fantástica, o destaque americano é a estréia na Europa da sequela "Scream 3" ("Pânico 3"), de Wes Craven. Mas a aposta mesmo será na nova geração do cinema fantástico europeu. "The Nine Lives of Thomas Katz", estrelado pelo ator inglês Ben Hopkins, e o alemão "Tuvalu", de Veit Helmer, chegam ao festival como favoritos.
O Fantasporto abriga ainda um ciclo com seis filmes da fase francesa do cineasta espanhol Luis Buñuel, que faria 100 anos nesta semana, além de uma mostra de curta-metragens de ficção e uma de clipes de rock. E uma "noite de vampiros" está prometida para o encerramento, no dia 4.

Brasil
Em nome da efeméride do Descobrimento, o cinema brasileiro é agraciado com duas mostras e uma série de exibições neste 20º Fantasporto. O cineasta Ivan Cardoso é o organizador da mostra "Glauber/Nelson", que terá 23 filmes dos diretores Nelson Pereira dos Santos e Glauber Rocha, incluindo o polêmico "Di", ensaio cinemanovista do diretor baiano no velório do pintor Di Cavalcanti. Um outro cinema brasileiro, o de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, vai ter reverência no festival, com cinco filmes. (LÚCIO RIBEIRO)


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