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ARTES PLÁSTICAS
Evento será realizado no primeiro semestre de 2001; Carlos Bratke, novo presidente, fica três anos no cargo
Nova presidência adia a próxima Bienal
CELSO FIORAVANTE
da Reportagem Local
A Fundação Bienal aproveitou a
reunião de seu conselho, anteontem, convocado para a eleição do
arquiteto paulista Carlos Bratke
como seu novo presidente, para
definir um de seus mais importantes compromissos dos próximos
anos: a realização da 25ª edição da
Bienal.
Ficou determinado que o evento
acontecerá entre março e maio de
2001, e não mais no segundo semestre de 2000.
"No primeiro semestre o clima é
mais ameno, e assim poderemos
aumentar a capacidade de visitação do evento. Também será mais
fácil a devolução dos trabalhos aos
colecionadores e museus", disse o
ex-presidente Julio Landmann,
que se despediu fazendo um balanço de sua gestão de dois anos à
frente da instituição.
Landmann justificou sua não-permanência na presidência. "Foram dois anos de malabarismos. A
fundação insistiu na minha permanência, mas tenho meus negócios e minha família, com quem tinha assumido o compromisso de
que seriam apenas dois anos."
Bratke aproveitou para justificar
a necessidade de mais tempo de
preparação para a próxima Bienal.
"O evento mais importante da fundação é a realização da Bienal. Vou
priorizá-la em minha gestão, mas,
para isso, o prédio precisa passar
por uma boa reforma", disse.
Um dos primeiros compromissos do novo presidente é uma visita, em março, aos organizadores
da bienal de arquitetura da Argentina para tratar da realização do
evento brasileiro, que deverá dar
uma amplo espaço para a arquitetura latino-americana. A 4ª edição
da Bienal de Arquitetura está programada para o segundo semestre
deste ano e, segundo, Bratke, não
será difícil realizá-la.
"Uma mostra de arquitetura não
é tão delicada quanto uma de artes
plásticas, já que trabalhamos com
desenhos, maquetes ou fotografias
que podem ser reproduzidas sem
grandes complicações. Ela não demanda todo o requinte necessário
para eventos como uma Bienal ou
a mostra pelas comemorações do
5º Centenário", disse o arquiteto,
que não revelou planos muito precisos sobre a sua gestão, que foi
ampliada para três anos para viabilizar a realização da próxima
Bienal ainda sob sua gestão.
"Antes quero esmiuçar as estruturas para poder definir com segurança os caminhos da fundação."
A nova presidência da Fundação
Bienal é composta ainda por Jens
Olensen (presidente da agência de
publicidade McCann-Erickson),
como 1º vice-presidente; Milú Villela (presidente do MAM-SP), como 2ª vice-presidente; e pelos diretores Pedro Corrêa do Lago, René Parrini e Edson Elito.
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