São Paulo, Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 1999
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ARTES PLÁSTICAS
Evento será realizado no primeiro semestre de 2001; Carlos Bratke, novo presidente, fica três anos no cargo
Nova presidência adia a próxima Bienal


CELSO FIORAVANTE
da Reportagem Local

A Fundação Bienal aproveitou a reunião de seu conselho, anteontem, convocado para a eleição do arquiteto paulista Carlos Bratke como seu novo presidente, para definir um de seus mais importantes compromissos dos próximos anos: a realização da 25ª edição da Bienal.
Ficou determinado que o evento acontecerá entre março e maio de 2001, e não mais no segundo semestre de 2000.
"No primeiro semestre o clima é mais ameno, e assim poderemos aumentar a capacidade de visitação do evento. Também será mais fácil a devolução dos trabalhos aos colecionadores e museus", disse o ex-presidente Julio Landmann, que se despediu fazendo um balanço de sua gestão de dois anos à frente da instituição.
Landmann justificou sua não-permanência na presidência. "Foram dois anos de malabarismos. A fundação insistiu na minha permanência, mas tenho meus negócios e minha família, com quem tinha assumido o compromisso de que seriam apenas dois anos."
Bratke aproveitou para justificar a necessidade de mais tempo de preparação para a próxima Bienal. "O evento mais importante da fundação é a realização da Bienal. Vou priorizá-la em minha gestão, mas, para isso, o prédio precisa passar por uma boa reforma", disse.
Um dos primeiros compromissos do novo presidente é uma visita, em março, aos organizadores da bienal de arquitetura da Argentina para tratar da realização do evento brasileiro, que deverá dar uma amplo espaço para a arquitetura latino-americana. A 4ª edição da Bienal de Arquitetura está programada para o segundo semestre deste ano e, segundo, Bratke, não será difícil realizá-la.
"Uma mostra de arquitetura não é tão delicada quanto uma de artes plásticas, já que trabalhamos com desenhos, maquetes ou fotografias que podem ser reproduzidas sem grandes complicações. Ela não demanda todo o requinte necessário para eventos como uma Bienal ou a mostra pelas comemorações do 5º Centenário", disse o arquiteto, que não revelou planos muito precisos sobre a sua gestão, que foi ampliada para três anos para viabilizar a realização da próxima Bienal ainda sob sua gestão.
"Antes quero esmiuçar as estruturas para poder definir com segurança os caminhos da fundação."
A nova presidência da Fundação Bienal é composta ainda por Jens Olensen (presidente da agência de publicidade McCann-Erickson), como 1º vice-presidente; Milú Villela (presidente do MAM-SP), como 2ª vice-presidente; e pelos diretores Pedro Corrêa do Lago, René Parrini e Edson Elito.


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