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Playboy casa com Carola entre "Ave Maria' e Viagra
CASSIANO ELEK MACHADO
da Reportagem Local
Chiquinho Scarpa desce de seu
Rolls-Royce azul-marinho, mostra seu fraque em rotação de 360º,
para todas as lentes de fotógrafos,
e, no trajeto até a sacristia da igreja
Nossa Senhora do Brasil, beija o
rosto de 12 homens.
O playboy Chiquinho Scarpa,
47, casou-se pela primeira vez anteontem, em São Paulo. E ele não
se despediria do rótulo pelo qual
ficou conhecido sem cumprimentar os seus amigos.
Mesmo cercado de "bons companheiros", no interior da sacristia Scarpa deixava rugas se formarem na superfície de sua testa, que
ele submete a duas horas diárias
de cremes.
"Preocupado com a noiva, Chiquinho?"
"Não. É que não fico tranquilo
enquanto papai não chega."
A tranquilidade chegou 15 minutos depois, também de
Rolls-Royce (da família). O empresário Francisco Scarpa, o pai,
logo disse, sorrindo: "Se ele não
se casasse agora, não teria quem
quisesse depois".
A frase mal terminava de circular no ar e José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, consultor
da Rede Globo e tio de Ana Carolina de Oliveira, a noiva, atacava para o mesmo lado: "Sempre há
chances de novos casamentos".
Brincadeiras de desconfianças,
como essas, não ficavam só na sacristia. Do lado de fora, convidados e curiosos, que acompanhavam o interior da igreja por dois
telões, faziam suas previsões.
O pipoqueiro José Domingues
de Souza, que trabalha há cinco
anos na frente da igreja Nossa Senhora do Brasil, era um dos que
não acreditava que Scarpa estivesse casando. "Ele ainda pode dizer
não", disse um pouco antes do alvoroço causado pela chegada do
Rolls-Royce (alugado) da noiva.
Ana Carolina de Oliveira -"me
chame de Carola"- só deixou os
ponteiros cobertos de néon da fachada da igreja andarem uma hora
e 50 minutos além do horário
marcado.
Quando chegou ao altar, ao som
de "Ave Maria", de Gounod, a
ponta de seu véu de tule passeava
próxima da entrada da igreja.
Mas Carola não tropeçou no véu
de 20 metros, Chiquinho não disse
"não" e a cerimônia, que foi
aberta com o padre convidando a
imprensa a subir no púlpito, foi
encerrada com um "provérbio
gaúcho": "Quem vai se casar vai
para o caminho do céu".
Antes do céu, porém, havia a festa no restaurante O Leopolldo, na
qual a "Ave Maria" e a "Acquatica", de Haendel, foram trocadas
por "YMCA", do grupo GLS Village People, e "Macarena".
Enquanto Luiza Brunet, Hortência e Boni dançavam ao som desse
hit do duo Los Del Rio, o médico
especialista em disfunções sexuais
Roberto Tulli, um dos padrinhos
do casamento, confessava: "Junto
com meu presente, dei pro Chiquinho um pacote de Viagra".
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