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Nem Batman contém queda nos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os norte-americanos estão indo menos ao cinema, e Hollywood ainda não descobriu quem
é o vilão da história. O DVD é o
principal suspeito.
O espectador estaria trocando a
sala de cinema pela sala de sua casa. O fato de os títulos serem encontrados em DVD ou na internet
pouco depois de sua estréia nos
cinemas estaria contribuindo para a "preguiça" do cinéfilo de sair
de casa.
São hipóteses que tentam explicar os números da queda, impressionante para os especialistas em
mercado de cinema. Eles dizem
que, desde que começaram a esmiuçar detalhadamente a performance dos filmes nos cinemas, há
20 anos não viam nada igual ao
que está acontecendo agora.
Há 17 semanas consecutivas o
resultado das bilheterias norte-americanas é inferior ao mesmo
período no ano anterior. Os 12 filmes mais vistos no ano lucraram,
juntos, US$ 128 milhões (R$ 306
milhões). Este resultado é 2% menor do que a soma dos campeões
de bilheteria de 2004.
Quando se leva em conta a alta
de preços de ingressos em relação
ao ano passado, a conclusão é que
a arrecadação nos EUA caiu 9%.
O diretor da Warner Bros. nos
Estados Unidos Dan Fellman
acha que ainda é cedo para culpar
o DVD. Até mesmo para concluir
que o comportamento do público
está passando por uma mudança
definitiva.
"Certamente devemos prestar
atenção nisso. Mas creio que você
não pode fazer isso [concluir que
o espectador prefere o DVD ao cinema] observando seis meses de
resultado. Precisaremos de alguns
anos", disse.
Fellman não está insatisfeito
com o lançamento de "Batman
Begins". A produção custou US$
150 milhões (R$ 358 milhões). Na
estréia, nos EUA, atingiu US$ 48,7
milhões (R$ 116 milhões) e acumulou na semana US$ 72 milhões
(R$ 172 milhões). Nem "Batman
Begins", porém, interrompeu a
queda comparativa com 2004.
No Brasil, os resultados deste
ano também acenderam o sinal
de alerta no mercado. O público
de cinemas até maio deste ano é
22% menor do que o de 2004. A
renda caiu 16%. O filme nacional,
isoladamente, teve 30% menos
público do que em 2004. Os dados
são da empresa Filme B. Aqui, porém, o suspeito mais citado é a
qualidade dos filmes.
Com agências internacionais
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