São Paulo, sábado, 25 de junho de 2005

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SHOWS

Apresentações em diversos pontos da cidade vão do mangue beat ao erudito

São Paulo celebra a música amanhã

DA REPORTAGEM LOCAL

A música é um dos elementos definidores da brasilidade -reconhecemo-nos e somos reconhecidos como um povo musical, que se orgulha de fazer música nos mais variados ritmos-, mas, acima de tudo, é um dos elementos que definem a humanidade.
É justamente essa celebração da música como forma de expressão, de arte, de diversão, que toma a cidade de São Paulo amanhã, na quarta edição da Festa da Música.
O evento espalha, ao longo do dia e em diversos pontos, mais de 30 atrações que mostram um pouco da variedade de ritmos que se produz no país. Dos recifenses da Nação Zumbi, que trazem o mangue beat para o vale do Anhangabaú, à Orquestra Sinfônica Municipal, que se apresenta no Teatro Municipal, a festa acontecerá ao som de rock, samba, funk, MPB, eletrônica, rap, embolada... e algumas misturas de vários ritmos.
A idéia de dedicar um dia inteiro à celebração da música veio da França. Em 1982, Jack Lang, então ministro da Cultura do país, foi informado de que os franceses tinham mais de 4 milhões de instrumentos musicais -sendo que três quartos deles não eram utilizados regularmente.
Com tal patrimônio musical latente, Lang decidiu estimular as pessoas a tirarem seus violões, trombones e sanfonas do armário e irem para a rua para fazer sua própria música, seu próprio show. O dia escolhido foi o 21 de junho, primeiro dia do solstício de verão na França.
O sucesso da iniciativa criou uma tradição que já dura 24 anos e que se espalhou por mais de cem países nos cinco continentes. Em São Paulo, ela acontece há quatro anos e vem ganhando proporções cada vez maiores -de uma simples festa em uma praça do bairro de Pinheiros já chegou a um público de 70 mil pessoas no ano passado, com a comemoração no parque Ibirapuera.
Neste ano a proposta é que as manifestações musicais se espalhem por todos os cantos da cidade, ficando mais próximas das características da festa pelo mundo. O passo seguinte é conseguir a mesma adesão popular -em vez de shows de músicos profissionais- que está na raiz francesa.


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