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SHOWS
Apresentações em diversos pontos da cidade vão do mangue beat ao erudito
São Paulo celebra a música amanhã
DA REPORTAGEM LOCAL
A música é um dos elementos
definidores da brasilidade -reconhecemo-nos e somos reconhecidos como um povo musical,
que se orgulha de fazer música
nos mais variados ritmos-, mas,
acima de tudo, é um dos elementos que definem a humanidade.
É justamente essa celebração da
música como forma de expressão,
de arte, de diversão, que toma a
cidade de São Paulo amanhã, na
quarta edição da Festa da Música.
O evento espalha, ao longo do
dia e em diversos pontos, mais de 30
atrações que mostram um pouco
da variedade de ritmos que se
produz no país. Dos recifenses da
Nação Zumbi, que trazem o mangue beat para o vale do Anhangabaú, à Orquestra Sinfônica Municipal, que se apresenta no Teatro
Municipal, a festa acontecerá ao
som de rock, samba, funk, MPB,
eletrônica, rap, embolada... e algumas misturas de vários ritmos.
A idéia de dedicar um dia inteiro à celebração da música veio da
França. Em 1982, Jack Lang, então
ministro da Cultura do país, foi
informado de que os franceses tinham mais de 4 milhões de instrumentos musicais -sendo que
três quartos deles não eram utilizados regularmente.
Com tal patrimônio musical latente, Lang decidiu estimular as
pessoas a tirarem seus violões,
trombones e sanfonas do armário
e irem para a rua para fazer sua
própria música, seu próprio
show. O dia escolhido foi o 21 de
junho, primeiro dia do solstício
de verão na França.
O sucesso da iniciativa criou
uma tradição que já dura 24 anos
e que se espalhou por mais de cem
países nos cinco continentes. Em
São Paulo, ela acontece há quatro
anos e vem ganhando proporções
cada vez maiores -de uma simples festa em uma praça do bairro
de Pinheiros já chegou a um público de 70 mil pessoas no ano
passado, com a comemoração no
parque Ibirapuera.
Neste ano a proposta é que as
manifestações musicais se espalhem por todos os cantos da cidade, ficando mais próximas das características da festa pelo mundo.
O passo seguinte é conseguir a
mesma adesão popular -em vez
de shows de músicos profissionais- que está na raiz francesa.
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