São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 2005

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Engenheiro virou expert em salteñas

DA REPORTAGEM LOCAL

Durante os mais de 25 anos em que trabalhou com engenharia, o boliviano Carlos Soto Garcia, 58, não imaginou que um dia viraria Don Carlos, comerciante de salteñas. Pois hoje ele dirige, ao lado da mulher, do filho e da nora, a produção de uma das barracas mais bem conceituadas da feira da Kantuta.
"Minha história é um pouco acidentada", conta Don Carlos, que chegou ao Brasil em 1970. "Trabalhava como projetista e tinha um bom salário."
Ao longo da vida em São Paulo, começou a pesquisar receitas de salteñas, para fazer como hobby. "Comecei a misturar uma antiga fórmula de minha irmã com dicas que encontrava em livros e na internet. Demorei muito tempo para chegar à receita atual."
O sucesso veio primeiro entre os colegas de trabalho, que faziam encomendas. Em dificuldades financeiras, porém, o passatempo virou profissão. "Um amigo indicou uma feira onde eu poderia ganhar algum dinheiro. Eu levava salteñas já assadas", lembra.
A atividade se consolidou ao ser descoberta pelo consulado boliviano, que passou a fazer pedidos grandes. Desde então, Don Carlos aumentou o número de fornos e hoje faz salteñas de carne, frango, fricassê (milho e carne de porco), além das empanadas de queijo.
Nos últimos anos, porém, seu trabalho maior foi o de consolidar a Kantuta: participou do conselho da feira e hoje faz cursos no Sebrae para aprimorar a atividade. Aos que não querem ir até o Pari, resta a alternativa: suas salteñas são agora oferecidas pelo bar Exquisito! (r. Bela Cintra, 532, tel. 0/ xx/11/ 3151-4530). (GL)


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