|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FILMES
Olha Quem Está Falando Agora
Globo, 15h45.
(Look Who's Talking Now). EUA, 1993, 95
min. Direção: Tom Ropelewski. Com
John Travolta, Kirstie Allen. No filme
anterior, "Olha Quem Está Falando", um
encontro amoroso justificava a trama,
além do bebê falante. Agora quem fala
são cachorros, e a dupla está casada.
Nada a ver.
O Dia do Terror
SBT, 22h30.
(Valentine). EUA, 2001, 96 min. Direção:
Jamie Blanks. Com Denise Richards,
David Boreneaz. Jovem "nerd",
humilhado por quatro garotas bonitas
num baile, em 1988, cresce e aparece.
Passa de sapo a príncipe. Torna-se um
bonitão. Mas, no fundo de seu ser, ficou
aquele trauma. E, para livrar-se dele, ele
tomará providências drásticas,
envolvendo as moças, dez anos depois.
Intercine
Globo, 1h30.
Hoje, exibe-se o mais votado entre "A
Vingança de Bette" (1998, de Des
McAnuff, com Jessica Lange, Elisabeth
Shue, Bob Hoskins) e "Quebra de Sigilo"
(1992, de Phil Alden Robinson, com
Robert Redford, Dan Aykroyd, Ben
Kingsley).
Guerra de Mentiras
SBT, 3h.
(A Bright Shining Lie). EUA, 1998.
Direção: Terry George. Com Bill Paxton,
Amy Madigan. As desventuras do
tenente-coronel John Paul Vann, que se
envolve como conselheiro militar no
Vietnã, acha que terá pela frente uma
guerra fácil e a coisa dá no que dá (em
boa parte a culpa é, claro, dos
"corruptos" vietnamitas do sul). Só para
São Paulo.
A Morte Veste Vermelho
Globo, 3h40.
(I'm Dangerous Tonight). EUA, 1990, 92
min. Direção: Tobe Hopper. Com
Anthony Perkins, Madchen Amick, Daisy
Hall. Uma túnica asteca tem a duvidosa
honra de fazer com que aqueles que a
vestem adquiram poderes terríveis. Feito
para TV.
(IA)
Walter Lima Jr. e a delicadeza
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Walter Lima Jr. deve ser
um cineasta ultrapassado,
já que nosso cinema mais
atual se dedica de maneira
quase exclusiva à filmagem
de presídios, favelas e anomalias.
Bem, não há nada disso
em "Inocência" (Canal
Brasil, 21h), que no entanto
é um dos melhores filmes
dos anos 80 no Brasil. Pelo
contrário: tudo é questão de
delicadeza, grandeza de
sentimentos e beleza, na
história da menina que se
apaixona por um médico
itinerante, embora já esteja
prometida pelo pai a outro
homem.
Estranho: nessa simples
relação pai-filha, podemos
também compreender a
perfídia de certas relações
familiares ou o desregramento que nossa sociedade
carrega, sem que nem mesmo se fale a palavra violência ou se trate o pobre como
um marginal por vir.
DOCUMENTÁRIO
Goifman expõe ritmos e sotaques de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo é a cidade do choro,
certo? Ou seria da música eletrônica? Ou do rap? Todas as alternativas anteriores mais uma infinidade de ritmos trazidos pelas diversas correntes de imigração que
a capital paulista recebe desde a
sua fundação, 450 anos atrás.
Num documentário que não se
preocupa tanto em explicar, mas
em mostrar a diversidade cultural
da cidade, os diretores Rachel
Monteiro e Kiko Goifman ("Morte Densa") empreendem uma viagem pelos diversos bairros de São
Paulo, território de japoneses, italianos, espanhóis, gregos, russos...
Sem legendas e sem dublagem,
o piloto da viagem é o músico Livio Tragtenberg, que percorre os
quatro cantos do "mundo" chamado São Paulo em busca de sons
(língua, música, rituais) específicos de cada uma dessas etnias
-não por acaso o subtítulo do vídeo é "Polifonia da Imigração".
Mais do que uma viagem pelo
tradicionalismo, no entanto, o
documentário expõe também a
transformação que essas culturas
sofrem quando entram em contato com as demais. Assim, a dupla
de diretores nos apresenta Elzio
Silver, um descendente de bolivianos e havaianos que ganha a
vida em São Paulo como cover de
Elvis Presley; ou a "baiana" russa
que se encantou com o Carnaval
-paulista- e desfila todo ano na
Vai-Vai; ou ainda Derrick Green,
músico norte-americano e vocalista de um dos grupos de metal
mais importantes do mundo, o
brasileiro Sepultura.
A travessia segue pela comunidade coreana do Bom Retiro, os
nigerianos da Santa Ifigênia, os
italianos do Mercado Municipal,
entre outros habitantes menos
óbvios, como croatas, dinamarqueses, suíços e indianos.
Tudo sob os "olhos" de um microfone, com quem se cria um estranhamento inicial, mas que, ao
final dos 55 minutos do documentário, se torna o companheiro ideal para uma viagem, sem
guia, pelos meandros da metrópole "paulistana".
(DA)
SONOROSCÓPIO SP - POLIFONIA DA
IMIGRAÇÃO. Quando: hoje, à 0h15, na
TV Cultura.
Texto Anterior: Astrologia Próximo Texto: José Simão: Ueba! O peru manda Bush pra panela! Índice
|