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CINEMA
Empresa se une à Telefônica para atuar no mercado latino-americano
Disney busca lucro na Argentina
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
As empresas Disney e Telefônica (por meio de sua subsidiária
voltada para filmes e televisão, a
Admira) acabam de enxergar
uma boa possibilidade de lucro na
Argentina.
"A crise argentina pode nos beneficiar. Produziremos em pesos,
o que torna os custos mais baixos,
e realizaremos as vendas internacionais em dólar", diz Ele Juarez,
diretor-geral de alianças estratégicas da Admira. O produto: filmes.
O balão-de-ensaio para a iniciativa foi o êxito da distribuição internacional de "Nove Rainhas",
de Fabián Bielinsky, e "O Filho da
Noiva", de Juan José Campanella.
Juarez informa que começará a
funcionar este mês em Buenos Aires, no mesmo local em que estão
os escritórios da Disney, a sede da
Miravista, nome dado à associação entre Disney e Telefônica,
anunciada na última quarta.
Segundo o executivo, a Miravista, que atuará nos países da América Latina, concentrará suas atividades iniciais no segmento de
filmes para cinema. Mas a produção de títulos para TV e de telenovelas não está descartada.
Para 2002 está prevista a realização de três longas. O primeiro deles, orçado em US$ 1,3 milhão, será filmado no México, a partir de
roteiro do espanhol Ignacio Darnaude, e numa associação entre a
Miravista, a Argos e a Televisa.
"Esperamos boas sugestões do
Brasil. A intenção é que o segundo
longa seja feito aí", disse à Folha,
de Los Angeles.
O investimento em cada filme
não superará US$ 2 milhões, e serão procurados sócios locais em
cada país para as produções.
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