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Coleção se inspira em mulheres
da enviada a Milão
Em entrevista coletiva a 15 jornalistas na manhã de quarta-feira,
véspera de seu desfile, o estilista
Stefano Gabbana explicou a coleção de inverno da Dolce & Gabbana.
Segundo ele, o ponto de partida
foram algumas importantes figuras femininas.
A primeira a ser citada é a artista
plástica Tamara de Lempicka,
que veio a se tornar mais conhecida nos últimos cinco anos por
causa da alcunha de "a pintora da
Madonna".
A cantora coleciona obras dela
e... o mundo passou a prestar
atenção (um mostra está correndo o mundo e no dia 16, na Europa, a editora Bloomsbury lança a
biografia da artista, "A Life of Deco and Decadence").
"Mais por sua personalidade do
que pelo look: Tamara era uma
mulher moderna, na real tradução da palavra, que dirigia carros,
aviões. Assim, a coleção é extravagante, não segue uma moda, não
segue uma tendência", explica
Gabbana.
Outras mulheres inspiradoras
para a dupla de estilistas são a designer Paloma Picasso, filha de
Pablo Picasso, a ex-modelo Loulou de La Falaise e a também artista plástica Anh Duong, chinesa
radicada em Nova York.
"A coleção valoriza o estilo pessoal, muito excêntrico", diz Gabbana. "Tudo é usado com meias
lurex, com sandálias e cores fortes. Há calças de aviador e bloomers." O estilista contou que há
exatas 2.645 peças em pele de
mink, que demandaram 110 horas
de trabalho.
Todos os casacos são reversíveis
(dupla-face) e muitos têm pedrarias que fazem listrinhas verticais.
Há também casacos em pele de
coelho, muitos deles impermeabilizados.
Os acessórios (botas, bolsas e
cintos) são feitos em couro de
crocodilo -"real", reforça o estilista-, ganhando ainda toques
em dourado e brocados.
Outras características são o conforto e a praticidade, garante Gabbana, amarrotando, até chegar ao
tamanho de seu punho fechado,
um luxuoso vestido-camisola de
georgette plissado, que voltou à
forma inicial em seguida.
(EP)
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