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Televisão
TVs dos EUA buscam sucessos no exterior
Remakes bem-sucedidos, como "Ugly Betty", estimulam procura em países estrangeiros
Nova temporada de estréias terá versões de programas da Inglaterra, Nova Zelândia e Israel; um quinto dos pilotos da ABC, Fox e CBS vem de fora
DA REPORTAGEM LOCAL
O grande sucesso das versões
norte-americanas de seriados
estrangeiros, como o colombiano "Betty, a Feia" e o inglês
"The Office", vem levando os
canais dos EUA a buscar novas
fórmulas para TV no exterior.
Dentre os 50 pilotos -os episódios iniciais especiais, de onde derivam as séries, quando
bem-sucedidos- que disputam
espaço na atual temporada dos
canais ABC, Fox e CBS, dez são
baseados em produções estrangeiras. No ano passado, foram
apenas oito, entre 112 pilotos.
Entre eles, estão versões de
produções como o drama israelense "Mythological Ex", sobre
uma mulher que corre atrás de
seus ex-namorados após uma
vidente lhe dizer que ela já havia encontrado o homem de sua
vida; e "Good Behavior", uma
comédia dramática neozelandesa sobre uma família de ladrões que tenta largar o crime.
"Estamos abrindo nossas
portas para o mundo todo, não
estamos olhando em apenas
um lugar em busca de idéias.
Quis trabalhar com parceiros
estrangeiros porque o mercado
externo está incrivelmente rico
atualmente", disse Ben Silverman, vice-presidente da NBC
Entertainment e do Universal
Media Studios, em entrevista
ao jornal "Los Angeles Times".
"Essas negociações também
fazem sentido porque nossos
parceiros estrangeiros investem nos seriados", completou.
Das 12 séries que a rede de
Silverman estréia neste ano,
duas são adaptações do exterior: "Kath & Kim", a mais longeva série cômica da Austrália,
sobre uma mãe divorciada e sua
filha, e o drama canadense
"The Listener", sobre um paramédico que lê mentes.
A grande maioria das adaptações, até por questões de proximidade cultural e de língua,
vem do Reino Unido -dos dez
pilotos que estrearão na atual
temporada, oito são do país.
Ainda assim, as séries sofrem
grandes modificações e adaptações para o mercado norte-americano.
"Nos reality shows e jogos de
auditório o formato tende a ser
o mesmo, mas as séries requerem adaptações para cada mercado. Elas são um coquetel de
perfeitas proporções e cada ingrediente -o texto, a direção, o
elenco- pode acabar com a
mistura", disse Silverman.
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