São Paulo, sexta, 26 de junho de 1998

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"SEGREDO DE SANGUE'
Lange parece assombração

do "USA Today"

Ainda é um tanto cedo para que uma atriz tão vivaz como Jessica Lange curve-se às bruxas dissimuladas Bette Davis e Joan Crawford.
Não que ela não tenha passado por poucas e boas em filmes como "Céu Azul". Mas a comoção emocional que ela sofre como a mãe/monstro em "Segredo de Sangue" faz com que a Bruxa Malvada do Oeste pareça ingênua .
Não se deixe enganar pelo quadro. "Segredo de Sangue" é lixo reciclado -meio caipira, mas lixo.
Se não conseguir perceber toda a trama desde o início, corra para um oftalmologista agora.
Apropriando-se da linguagem equestre do cenário do filme, o belo "garanhão" Johnathon Schaech traz sua linda "potranca" (Gwyneth Paltrow) para o "estábulo" da família, para conhecer sua mãe viúva (Jessica Lange).
A velha parece uma assombração. Depois que o casal volta para Nova York, acontecimentos conspiram para que eles voltem -leia-se uma gravidez não-planejada. Decidem então morar com Lange.
Mentiras sobre a condição supostamente frágil de Poltrow e revelações sobre a morte do pai de Schaech acabam fazendo o casal mudar. Mais do que nunca, a desgarrada Lange claramente tem grandes planos para seu neto -que não incluem a nora.
Poltrow, como uma sílfide, caminha sonambulamente pela trama. Schaech mal entende. Só a prazerosa Nina Foch está sã e salva, como a avó de Schaech. Em tempo: ela vive em um asilo, longe de Lange.


Tradução Ana Maria Guariglia



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