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Acervo começou a ser formado em 1963
free-lance para a Folha
Com quase 35 anos, o acervo do
Unibanco começou a se consolidar em setembro de 1963.
Na época, prestes a inaugurar
um prédio na praça dos Patriarcas, o diretor do banco, Walther
Moreira Salles, encaminhou ao artista plástico Augusto Rodrigues a
tarefa de selecionar alguns trabalhos para "decorar" a nova área.
Desenhista famoso e um dos
precursores de escolas de artes para crianças no país, Augusto Rodrigues -irmão do teatrólogo
Nelson Rodrigues-, além de adquirir as primeiras obras do acervo e incentivar novas compras,
traçou o perfil da coleção.
"Eram de 10 a 15 obras de pintores modernistas. Elas se tornaram
referenciais fortes e característicos
do acervo. Hoje, ele se situa do
modernismo até os dias atuais",
explica Antonio Fernando De
Franceschi, curador do acervo.
Ele afirma que, depois do artista
plástico, a curadoria do acervo ficou a cargo de diretores do banco,
com a ajuda do presidente.
Ao assumir a curadoria em 1967,
com pouco mais de 50 obras,
Franceschi admite que o acervo
Unibanco sofreu com as condições de mercado e as dificuldades
para certas compras, porém prosperou naturalmente. As aquisições foram se dando junto a galerias, leilões e artistas.
"Não há somente interesse em
expandir. Compra-se conforme as
oportunidades. Apesar da quantidade de obras, o acervo evoluiu
cautelosamente, sempre fiel a sua
proposta de reunir obras de artistas brasileiros ou de "estrangeiros' que abordaram o país em seus
trabalhos", admite.
Hoje, o acervo conta com mais
de 600 obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, desenhos e outros trabalhos que -desde 94-
estão sob os cuidados do Instituto
Moreira Salles.
Contudo, o público só teve contato com as obras e o perfil de Augusto Rodrigues em 94, durante o
70º aniversário banco, depois de
31 anos de espera.
(CCP)
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