São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004

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Para a telinha, pornografia será "sem história"

DA REPORTAGEM LOCAL

Além do forte potencial de venda, a pornografia tem outras vantagens para se adaptar aos celulares: a produção não é das mais caras e as cenas abusam de closes, ideais para a tela pequena e à baixa qualidade de imagem dos aparelhos atuais.
Assim como em outros tipos de vídeo, a dificuldade é o tempo de duração. A tecnologia hoje em dia permite apenas seqüências muito breves, de 30 segundos a dois minutos.
Uma ação pornô "com história" leva cerca de 25 minutos, segundo Norberto Brunni, gerente de marketing da Buttman Brasil, produtora de filmes eróticos. Se for "direto ao ponto", diz, pode ser reduzida para cinco minutos, tempo disponível hoje para vídeos na internet.
"É como um jogo de futebol. A pessoa pode assistir à partida inteira, que dura 90 minutos, ver um compacto de 15 minutos ou apenas os gols mostrados pelos telejornais. No caso do celular, seria isso, um clipe só com os gols", diz Brunni.
Assim, a telinha poderia servir para levar o cliente à internet ou à locadora, atrás da fita de vídeo ou do DVD.
Segundo ele, já há captação para celular na Buttman, visando um provável acordo de fornecimento para a Vivo.
"A produção é a mesma. A diferença é que, agora, o cameraman e o produtor têm em mente que é preciso captar imagens adequadas para fita de vídeo e DVD e mudar o foco para o celular. Para as fotos, é o mesmo raciocínio. Tem de servir para revista, capa de DVD e celular. Quanto mais mídias, mais variedade e qualidade têm de ter o material", explica.
De acordo com Brunni, o Brasil é o segundo mercado de filmes pornôs do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Por outro lado, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o país chegará em breve ao quarto lugar no número de usuários de celular, atrás apenas da China, Estados Unidos e Japão. (LM)


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