EDUARDO GERAQUE
DA REPORTAGEM LOCAL

Exceção feita ao trecho em que os norte-americanos ensinam como se comportar sob o sol escaldante de um deserto, com direito a como passar bronzeador no nariz e a escolher um chapéu adequado para proteger o pescoço, o episódio "Tecnologia do Deserto", da série "Maravilhas Modernas", toca em um ponto importante em tempos de desequilíbrio ambiental. Como usar a natureza sem que ela coloque em risco a própria espécie humana.
O filme vai buscar nos Jardins Suspensos da Babilônia e no modo de vida dos beduínos exemplos que mostram como se relacionar bem com as inóspitas áreas desérticas. Além do calor durante o dia e do frio intenso depois que o Sol se esconde, a questão mais fundamental é a água.
Um estudo de caso que ilustra a falta de relação entre homem e meio ambiente, via tecnologia, é também apresentado ao telespectador. É, no caso, a cidade de Phoenix, no Arizona (EUA). Encravada no deserto, e com 3 milhões de pessoas, a região vive um grande desafio tecnológico.
Pessoas demais, calor e frio demais e a necessidade de sempre se ter por perto um ar-condicionado. Isso, é claro, demanda muita energia que nem sempre existe, mesmo com todas as tecnologias modernas disponíveis nos dias de hoje.