JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

A metamorfose foi discreta na aparência, mas enorme no conteúdo. A doceria Choisie Chocolaterie, aberta há um ano e quatro meses, convive agora com um restaurante, o Bistrot Choisie. São poucas mesas no terraço, pequenas e bem próximas, guarnecidas com toalhas brancas.
Da mesma forma que a doceria nasceu mais em decorrência do hobby de Kátia Callas, 44, de fazer bombons em casa, o bistrô, igualmente administrado por seu marido, Fernando Baldassarri, 54, surgiu também como uma evolução do desejo dos clientes de degustar itens salgados no acolhedor local.
Como na doceria, que surgiu apoiada em profissionais tarimbados, para a abertura do restaurante foram chamados chefs com diferentes trajetórias, tendo em comum o fato de terem estudado gastronomia na mesma faculdade. Guilherme Carvalho, 40, já havia trabalhado em restaurantes, como o Payard; Gustavo Torres, 25, teve uma casa própria na Bahia; e Marcio Brittes, 36, depois dos estudos, especializou-se em pâtisserie, área de que cuida no Choisie.
Bem no espírito de bistrô, com seu cardápio curto, o Choisie no entanto optou por uma cozinha de corte mais moderno, acompanhada por uma variada oferta de vinhos. Os pratos são bem realizados, apesar dos cochilos no acabamento. Vale experimentar a sopa fria de cenoura com gengibre e coulis de beterraba; os tortelli de mozzarella com um molho grosso de tomates frescos e manjericão; o carré de cordeiro com zimbro, batata rosti, tomate e cebola caramelizadas; e, como sobremesa, o tomate em calda com sorbet de manjericão, uma bem realizada -e bem-humorada- citação do molho da massa.

Cotação: $$$ Avaliação:  

$ (até R$ 22); $$ (de R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$ 62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim