São Paulo, terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

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Crítica

"Capote"mostra grande atuação de Hoffman

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Certos caras são invejados. Claro que Vinicius de Moraes, a quem se dedica o documentário "Vinicius" (Canal Brasil, 14h50), de Miguel Faria Jr., é um deles. Claro: Vinicius era um poeta e um diplomata, um boêmio e um sedutor, músico e cantor.
Circulava pela cultura erudita e pela popular. Era popular entre as mulheres e tinha muitos amigos. Quem não quereria estar na sua pele? Esse bem-estar de ser de certa forma está documentado no filme.
Diferente era o Truman Capote de "Capote" (Telecine Premium, 11h05), dirigido por Bennett Miller. Homossexual, sarcástico, parecia sempre manter uma distância pedregosa entre si e seus interlocutores intelectuais.
No entanto, quando encarnava um tema, como o caso em que trabalha no filme e que resultaria em seu livro "A Sangue Frio", todo o seu ser estava lá. Assim como o de Philip Seymour Hoffman, que interpreta Capote magistralmente -e que ganhou o Oscar no ano passado pelo filme.


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