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Imitação deve
ser combatida
especial para a Folha
A unificação das economias européias, no lugar de
esmagar as diferenças entre
os produtos nacionais, despertou o orgulho dos países
produtores, que passaram a
exigir respeito por queijos,
vinhos, presuntos etc., protegidos por denominações
de origem específicas.
O que não quer dizer que
haja um respeito efetivo.
Em muitos países, espumante continua sendo chamado de champanhe
-embora esse termo só
deva ser aplicado ao vinho
produzido na região da
Champanhe segundo determinadas regras. O mesmo desrespeito acontece
com o vinho do Porto (de
Portugal), queijos (como o
camembert francês), presuntos (de Parma, italiano,
serrano espanhol).
Os italianos tentam desde
1982 proteger a tradição de
como confeccionar o molho à bolonhesa. A Academia Italiana de Cozinha já
registrou a receita original
na Câmara de Comércio de
Bolonha, prescrevendo que
a carne usada, de músculo
bovino, deve ser picada à
faca, que o toicinho e o tomate sejam frescos etc. Foi
um bravo gesto de defesa
da tradição e da cultura
gastronômica. Mas nem assim a receita costuma ser
respeitada à risca -seja em
São Paulo, Nova York ou
na Itália.
(JM)
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