São Paulo, sexta, 27 de fevereiro de 1998

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NO BRASIL

Andre Ribeiro de Lima,32, um dos proprietários da pizzaria Primo Basilico - "Acho importante essa padronização, é uma garantia para o consumidor. Hoje tem pizza na feira, no bar, nas feiras do Anhembi, virou uma avacalhação. Nós vamos tentar nos adequar para conseguir a DOC. Só precisamos passar a usar sal marinho e "abrir' a massa da pizza napolitana na mão. Os rolos vão virar lenha."

Hamilton Mello Jr., 38, o Melão, proprietário da pizzaria I Vitelloni - "Não é difícil fazer a pizza do jeito que eles querem, mas não iria ter muita repercussão junto à clientela brasileira.No caso da I Vitelloni, seria até um retrocesso, já que apostamos no inovativo, no moderno. Mercadologicamente, pode ser interessante para os italianos, mas aqui não teríamos o mesmo apelo de marketing que haverá na Itália. A nossa pizza é tão diferente..."

Ismael Cassas, 62, um dos proprietários da pizzaria Speranza - "Fomos nós que introduzimos a pizza napolitana no Brasil, em 1958. Não tenho problemas em dizer que sempre fomos bastante conservadores e, naquela época, só trabalhávamos com cinco sabores. Não precisamos fazer mudanças. A napolitana da Speranza nem leva mussarela, é parmesão ralado com molho de tomate, manjericão, orégano, alho cortadinho e azeite."

Marisa Tusatto, da pizzaria Babbo Giovanni - "Eu não vou comprar essa idéia. A nossa pizza não é igual à dos italianos, que estão por fora da realidade do Brasil. Não se come uma pizza na Itália como se come no Brasil. Essa história é só para fazer oba-oba."



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