São Paulo, Sábado, 27 de Fevereiro de 1999
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Brasil não comparece como podia

da enviada a Burkina Fasso

Outras mostras e competições do Fespaco contemplam curtas-metragens e documentários, além de filmes da diáspora negra. O Brasil, embora se configure como a maior diáspora africana do mundo, ainda tem no Fespaco uma presença restrita, bem menor que os Estados Unidos ou a França, por exemplo.
No entanto, já deixou marcas históricas no festival. Em 1987, o longa-metragem "Ori", de Raquel Gerber, sobre a história do movimento negro no Brasil, foi premiado como o melhor filme da diáspora. Outro cineasta e ativista negro brasileiro, Zózimo Bulbul, já se tornou figura notável em Uagadugu.
Este ano o Brasil não terá nenhum longa-metragem no festival. Marca, porém, uma presença digna na mostra da diáspora com o bonito "Nelson Sargento", curta de Estêvão Ciavatta sobre o músico brasileiro.
O Brasil comparece ainda na mostra "Filmes do Mundo", aberta à participação de países do mundo inteiro, desde que apresentem filmes de alguma maneira relacionados à questão negra. São dois curtas-metragens: "Meninas", de Paula Alves, e "O Dô Ya! Vida com Aids", de Tânia Cypriano.
Ambos estão intimamente ligados a um dos temas em pauta do Fespaco, que é "Cinema, Mulher e Pobreza". Para a discussão do assunto, ocorrerá, durante o festival, um encontro de mulheres profissionais do cinema provenientes de toda a África.


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