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CINEMA
Recife põe a nova produção para competir
da Reportagem Local
Alheia à problemática de incentivos que encosta na parede a
atual e a futura produção cinematográfica nacional, Recife dá a largada hoje a uma das mais jovens e
importantes mostras de divulgação do gênero no Brasil, seja no
formato de longa ou (principalmente) no de curta-metragem.
O que esta quarta edição do Festival de Cinema do Recife tem a
oferecer é a estréia nacional de
"Através da Janela", novo filme
da diretora Tata Amaral, "O Rap
do Pequeno Príncipe contra as
Almas Sebosas", produção de
Paulo Caldas ("Baile Perfumado") e Marcelo Luna, mais dez
longas e 36 curtas em competição,
além de oficinas, seminários e um
concurso que elegerá o filme brasileiro do século, pela ótica dos
votantes selecionados pelo festival.
A produção paulista "Hans Staden", de Luiz Alberto Pereira, e o
documentário cearense "Milagre
em Juazeiro", de Wolney Oliveira,
abrem nesta noite a mostra competitiva de longas-metragens.
Espécie de campeonato brasileiro de cinema, a competição entre
longas terá até a próxima sexta,
um dia antes do encerramento
oficial do festival, um confronto
em que predomina a produção de
São Paulo.
Programação
Além de "Hans Staden" e "Milagre em Juazeiro", passarão pela
"janela" do Cine-Teatro Guararapes, sede do festival pernambucano, "Fé" (SP) e "O Circo das Qualidades Humanas" (MG), amanhã; "Pierre Verger: Mensageiro
entre Dois Mundos" (RJ) e "Senta
Pua" (DF), na quarta; "Soluços e
Soluções" (SP) e "O Tronco" (SP),
na quinta; "Através da Janela"
(SP) e "No Coração dos Deuses"
(DF) na sexta.
No sábado, depois da solenidade de entrega do troféu Passista
aos premiados, haverá uma sessão especial dedicada aos 500
anos do Brasil, com a exibição do
badalado documentário "Cine
Mambembe - o Brasil Descobre o
Cinema", documentário de Laís
Bodansky e Luiz Bolognesi.
Para encerrar sua quarta edição,
o Festival de Cinema de Recife
programou a "avant-première"
do documentário "O Rap do
Príncipe contra as Almas Sebosas", documentário dirigido por
Marcelo Luna e Paulo Caldas, este
último co-diretor do premiado
"Baile Perfumado" (1997).
"Rap do Príncipe" mostra o
destino entrelaçado de dois jovens da periferia de Recife, um
deles músico e o outro matador
profissional.
Outro destaque do festival pernambucano será a estréia para
um público brasileiro de "Através
da Janela", filme que sucede "Um
Céu de Estrelas" no currículo cinematográfico da diretora Tata
Amaral.
Atração da sexta-feira do festival, o filme teve sua primeira exibição fora do país, no último festival de Roterdã (Holanda).
"Através da Janela", que deve
entrar em circuito nacional em
maio, tem suas câmeras centradas
na relação de amor e ódio entre
mãe (Laura Cardoso) e filho
(Fransérgio Araujo).
Curta-metragem
O Festival do Recife, que nasceu
em 1997 com a missão primeira
de ser espelho da crescente produção brasileira de curta-metragens (de 35 e de 16mm), apresenta
em sua mostra competitiva cerca
de 36 filmes.
Esse total de curtas foram selecionados em meio a 80 filmes inscritos, número recorde do festival
desde sua primeira edição.
Dentre os curtas-metragens inscritos neste ano, relevantes 11 filmes são do chamado reaquecimento da produção pernambucana, motivo de celebração para o
Festival de Recife.
De hoje a sexta-feira, o festival
coloca diariamente no Cine-Teatro Guararapes cerca de sete curtas por noite.
"Oia o Frevo", ficção em 16mm
do pernambucano Hamilton
Costa Filho", abre hoje a competição do gênero.
(LÚCIO RIBEIRO)
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