São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 2000


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CINEMA

Recife põe a nova produção para competir

da Reportagem Local

Alheia à problemática de incentivos que encosta na parede a atual e a futura produção cinematográfica nacional, Recife dá a largada hoje a uma das mais jovens e importantes mostras de divulgação do gênero no Brasil, seja no formato de longa ou (principalmente) no de curta-metragem.
O que esta quarta edição do Festival de Cinema do Recife tem a oferecer é a estréia nacional de "Através da Janela", novo filme da diretora Tata Amaral, "O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas", produção de Paulo Caldas ("Baile Perfumado") e Marcelo Luna, mais dez longas e 36 curtas em competição, além de oficinas, seminários e um concurso que elegerá o filme brasileiro do século, pela ótica dos votantes selecionados pelo festival.
A produção paulista "Hans Staden", de Luiz Alberto Pereira, e o documentário cearense "Milagre em Juazeiro", de Wolney Oliveira, abrem nesta noite a mostra competitiva de longas-metragens.
Espécie de campeonato brasileiro de cinema, a competição entre longas terá até a próxima sexta, um dia antes do encerramento oficial do festival, um confronto em que predomina a produção de São Paulo.


Programação
Além de "Hans Staden" e "Milagre em Juazeiro", passarão pela "janela" do Cine-Teatro Guararapes, sede do festival pernambucano, "Fé" (SP) e "O Circo das Qualidades Humanas" (MG), amanhã; "Pierre Verger: Mensageiro entre Dois Mundos" (RJ) e "Senta Pua" (DF), na quarta; "Soluços e Soluções" (SP) e "O Tronco" (SP), na quinta; "Através da Janela" (SP) e "No Coração dos Deuses" (DF) na sexta.
No sábado, depois da solenidade de entrega do troféu Passista aos premiados, haverá uma sessão especial dedicada aos 500 anos do Brasil, com a exibição do badalado documentário "Cine Mambembe - o Brasil Descobre o Cinema", documentário de Laís Bodansky e Luiz Bolognesi.
Para encerrar sua quarta edição, o Festival de Cinema de Recife programou a "avant-première" do documentário "O Rap do Príncipe contra as Almas Sebosas", documentário dirigido por Marcelo Luna e Paulo Caldas, este último co-diretor do premiado "Baile Perfumado" (1997).
"Rap do Príncipe" mostra o destino entrelaçado de dois jovens da periferia de Recife, um deles músico e o outro matador profissional.
Outro destaque do festival pernambucano será a estréia para um público brasileiro de "Através da Janela", filme que sucede "Um Céu de Estrelas" no currículo cinematográfico da diretora Tata Amaral.
Atração da sexta-feira do festival, o filme teve sua primeira exibição fora do país, no último festival de Roterdã (Holanda).
"Através da Janela", que deve entrar em circuito nacional em maio, tem suas câmeras centradas na relação de amor e ódio entre mãe (Laura Cardoso) e filho (Fransérgio Araujo).

Curta-metragem
O Festival do Recife, que nasceu em 1997 com a missão primeira de ser espelho da crescente produção brasileira de curta-metragens (de 35 e de 16mm), apresenta em sua mostra competitiva cerca de 36 filmes.
Esse total de curtas foram selecionados em meio a 80 filmes inscritos, número recorde do festival desde sua primeira edição.
Dentre os curtas-metragens inscritos neste ano, relevantes 11 filmes são do chamado reaquecimento da produção pernambucana, motivo de celebração para o Festival de Recife.
De hoje a sexta-feira, o festival coloca diariamente no Cine-Teatro Guararapes cerca de sete curtas por noite.
"Oia o Frevo", ficção em 16mm do pernambucano Hamilton Costa Filho", abre hoje a competição do gênero.
(LÚCIO RIBEIRO)

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