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Dramalhão comovia público
da Sucursal do Rio
Entre 1946, quando foi lançado,
e 1983, jamais houve um dia em
que "O Ébrio" não estivesse sendo exibido em algum cinema -ou
em qualquer outro lugar onde fosse possível montar uma tela- em
algum ponto do país.
"Meu pai dizia que, se não houvesse evasão de bilheteria nos cinemas, ele teria ficado mais rico
do que o Onassis por causa de "O
Ébrio'", diz Alice Gonzaga, filha
do produtor Adhemar Gonzaga e
diretora da Cinédia.
Na avaliação de Alice, "O
Ébrio" é um dramalhão que encanta as platéias. "Lembro do público chorando, em algumas sessões no interior, quando o personagem de Vicente Celestino dizia:
"Eu disse que perdoava, mas não
disse que me reconciliava'".
Na trama, Gilberto Silva (Vicente Celestino), um jovem do interior com boa situação financeira e
com talento para a música, se vê
abandonado pelos parentes quando o pai perde sua fortuna.
Gilberto muda-se para a cidade e
um dia, desesperado, entra em
uma igreja. Ao contar sua história,
é convidado pelo padre para morar ali. Incentivado pelo sacerdote,
se inscreve em um programa de
calouros de rádio.
O jovem se transforma em um
cantor de sucesso. Com o dinheiro
ganho, entra para a faculdade de
medicina e se torna um cirurgião
famoso. Casa-se com uma enfermeira com quem trabalha.
O sucesso faz com que os parentes se reaproximem. Um de seus
primos rouba-lhe várias jóias de
família e foge com sua mulher. Desiludido, Gilberto abandona tudo
e se transforma em um bêbado.
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