São Paulo, sábado, 27 de junho de 1998

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Dramalhão comovia público

da Sucursal do Rio

Entre 1946, quando foi lançado, e 1983, jamais houve um dia em que "O Ébrio" não estivesse sendo exibido em algum cinema -ou em qualquer outro lugar onde fosse possível montar uma tela- em algum ponto do país.
"Meu pai dizia que, se não houvesse evasão de bilheteria nos cinemas, ele teria ficado mais rico do que o Onassis por causa de "O Ébrio'", diz Alice Gonzaga, filha do produtor Adhemar Gonzaga e diretora da Cinédia.
Na avaliação de Alice, "O Ébrio" é um dramalhão que encanta as platéias. "Lembro do público chorando, em algumas sessões no interior, quando o personagem de Vicente Celestino dizia: "Eu disse que perdoava, mas não disse que me reconciliava'".
Na trama, Gilberto Silva (Vicente Celestino), um jovem do interior com boa situação financeira e com talento para a música, se vê abandonado pelos parentes quando o pai perde sua fortuna.
Gilberto muda-se para a cidade e um dia, desesperado, entra em uma igreja. Ao contar sua história, é convidado pelo padre para morar ali. Incentivado pelo sacerdote, se inscreve em um programa de calouros de rádio.
O jovem se transforma em um cantor de sucesso. Com o dinheiro ganho, entra para a faculdade de medicina e se torna um cirurgião famoso. Casa-se com uma enfermeira com quem trabalha.
O sucesso faz com que os parentes se reaproximem. Um de seus primos rouba-lhe várias jóias de família e foge com sua mulher. Desiludido, Gilberto abandona tudo e se transforma em um bêbado.



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