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DVD
"Lady" é pura sensualidade
INÁCIO ARAUJO
Crítico de Cinema
George Cukor não foi apenas
um diretor de atrizes. Foi um poeta do feminino, que não via como
um gênero, uma unidade, mas da
qual procurou retratar a infinita
variedade.
Assim, não é de espantar que tenha se interessado loucamente
por Elza Doollitle, isto é, Audrey
Hepburn, ao filmar "My Fair
Lady". A grosseira heroína,
a quem o professor Higgins (Rex
Harrison) tenta transformar em
dama, contém todas as nuances
possíveis do feminino.
De sua origem trará a baixa repressão (portanto, uma enorme
sensualidade). O duro aprendizado das boas maneiras acrescentará um toque aristocrático a sua
personalidade, sem dúvida, mas
então o que esses bons modos lhe
ensinam interessará menos do
que o que ela trará à aristocracia.
"My Fair Lady" talvez seja o último dos grandes musicais. Um
canto de cisne tão mais envolvente quanto a idéia de troca lhe é intrínseca: sem perceber, Higgins é
tão deseducado por sua "lady"
quanto a adestra.
George Cukor soube mostrar
essa troca como euforia amorosa,
sem dúvida, mas uma euforia cuja
principal característica é a sensualidade, presente em cada fotograma de seu filme.
Avaliação:
Filme: My Fair Lady
Diretor: George Cukor
Produção: EUA, 1964, 170 min.
Com: Rex Harrison, Audrey Hepburn Gênero: musical/romance
Legendas: português, espanhol e inglês
Idioma: inglês
Formato de tela: cinema (widescreen) ou normal (standard)
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