São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 2000

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MUNDO GOURMET
Primeiro atrativo do Gioco di Mani é sua localização

JOSIMAR MELO
COLUNISTA DA FOLHA

Na aridez da paisagem paulistana, até mesmo pequenos truques podem tornar-se um alívio e, portanto, um atrativo. Como acontece com o restaurante Gioco di Mani, que fica num clube de tênis do Morumbi.
O que tem um restaurante a ver com quadras de tênis? Nada. Mas é essa localização o primeiro, e mais flagrante, atrativo do restaurante. Trata-se de um lugar onde se pode comer ao ar livre. E onde, mesmo dentro do salão, pode-se avistar...o nada.
Sim, ao longe se avista a cidade; ali perto, gente praticando esporte. Mas o melhor é o que não se vê: é a mera possibilidade de se perder o olhar ao longe, descontrair a retina. Se não há coisas belas a enxergar, ao menos que se tirem as feias do caminho.
Se essa é a mais chamativa atração do restaurante, seria injusto dizer que é a única. O Gioco di Mani pertence a um quarteto que já é do ramo: os paulistanos Manuel Coelho, 32 anos, Luis Antonio Racy, 40, Maurício Pitto e Ricardo Narchi, ambos de 47 anos, são também proprietários do Canttone e do mais recente Bella Luna.
Como nas outras casas, serve-se comida italiana. E também aqui combinam-se os pratos da cozinha (que são o forte do Bella Luna) com as pizzas (principal atrativo do Canttone).
Os pratos são variados e irregulares. Há entradas como queijo brie quente com geléia de framboesa; risoto de pêras, queijo roquefort, prosecco acompanhado de filé de linguado; spaghetti com molho de creme, minúsculos cubos de lagostim, erva-doce, vinho branco e parmesão (num conjunto enjoativo); e até um nome inspirado, baianinho metido (carne-de-sol desfiada com arroz selvagem, que não se harmonizam, mais purê de feijão levemente picante).
Mas as pizzas ganham a noite: de massa fina, têm ótimos ingredientes e são assadas no ponto, como a de abobrinha com aspargo, alho-poró, pinole e mozzarella.


Cotação: $$$ Avaliação: regular

Restaurante: Gioco di Mani (av. Giovanni Gronchi, 3.399, Morumbi, tel. 0/xx/11/3744-7666 e 0/xx/11/3746-9418)
Horário: de seg. a sex., das 8h à 1h; sáb. e dom., das 8h às 2h
Ambiente: aberto, com vista para as quadras e para o horizonte urbano
Comida: cardápio italiano, do qual o melhor são as pizzas
Serviço: esforçado
Quanto: entradas e saladas, de R$ 4,50 a R$ 18,50; massas e risotos, de R$ 12,90 a R$ 20,90; carnes, de R$ 13,90 a R$ 19,80; pizzas, de R$ 16,70 a R$ 26,90; sobremesas, de R$ 3,10 a R$ 7,90

$ (até R$ 22); $$ (de R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$ 62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim  

EM BOLONHA 1 Glórias gastronômicas nas redondezas
Não é preciso andar muito para comer bem em Bolonha. A cidade é a capital da Emilia-Romagna e, ao se visitar as redondezas, é possível topar com muitas das glórias gastronômicas da Itália: a mortadela bolonhesa, o presunto cru de Parma, o queijo parmigiano-reggiano, o vinagre balsâmico de Modena.

EM BOLONHA 2 Pequeno banquete
Pelas ruas, é possível topar com restaurantes como a Trattoria da Romano (00/xx/39/51/255504). Aprazível e com cara familiar, ali se come um pequeno banquete com uma massa com funghi porcini frescos e suculentos, outra recheada com perfumada mortadela, ou carnes como stinco (perna dianteira) de porco ou costeletinhas de cordeiro, com um admirável vinho da casa -por algo como R$ 60 por pessoa.



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