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Incêndio em 1978 destruiu quase todo o acervo
da Sucursal do Rio
Depois do incêndio que, em
1978, destruiu 90% de seu acervo,
o MAM-RJ conseguiu se recuperar e voltar a ser uma instituição
de primeira linha entre os museus
brasileiros.
O incêndio foi um gigantesco
baque para o MAM. Em menos
de uma hora, quase todo o acervo
foi perdido. Da biblioteca especializada em artes plásticas, pouco
sobrou.
O incêndio teve, para as artes
plásticas, consequências trágicas.
Foram destruídas, por exemplo,
80 pinturas da fase construtivista
do pintor uruguaio Joaquim Torres Garcia.
Uma grande campanha de solidariedade no meio das artes plásticas foi deflagrada na época. A
partir daí, o acervo começou a ser
reconstruído.
Em 1993, o acervo do MAM recebeu, em regime de comodato, a
coleção Gilberto Chateaubriand,
com cerca de 3.500 obras. Além
da coleção, o museu tem atualmente mais 2.095 obras de artes
plásticas e 4.000 fotografias. Em
1998 recebeu, também em regime
de comodato, mais uma coleção,
desta vez de obras de Lygia Clark.
Sala emprestada
No início, o MAM funcionava
em salas emprestadas por seus
fundadores. Foi assim sua primeira exposição, montada em duas
salas cedidas pelo banco Boavista
no centro do Rio, em 1949, com
obras emprestadas pelos colecionadores Niomar Muniz Sodré,
Paulo Bittencourt e Roberto Marinho, entre outros.
Mas foi só em 1958 que o prédio
onde até hoje funciona o museu
foi inaugurado, pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
O projeto de Affonso Eduardo
Reidy foi considerado revolucionário -o amplo vão livre e a
construção em concreto e vidro
sustentada por colunas, além dos
jardins criados por Burle Marx,
ganharam espaço em publicações
especializadas.
Projeto Cultural
Desde o lançamento de seu primeiro volume, em 1982, mostrando o acervo do Museu de Arte de
São Paulo, até o lançamento do
trabalho sobre o MAM-RJ, a série
de livros sobre museus brasileiros
produzida pelo Banco Safra acumula uma tiragem de 262 mil
exemplares.
Além de mostrar o acervo, a coleção tem a preocupação de contar a história de criação do museu
e da formação de sua coleção.
Em um texto de 11 páginas, é
contada a história do museu, desde as primeiras reuniões, em 1946,
na casa do colecionador Raymundo de Castro Maya, no alto de
Santa Teresa (centro do Rio).
Das reuniões participavam nomes como Oscar Niemeyer, Anibal Machado e Alcides da Rocha
Miranda.
Foi nesses encontros que surgiu
a idéia de criar uma instituição
que abrangesse outras expressões
artísticas, como cinema, teatro,
música, literatura e dança -algo
nos moldes do MoMA (Museum
of Modern Art) de Nova York,
fundado em 1929.
(CG)
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