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Alberta Ferretti aposta as fichas no estilo "new chic"
da enviada especial
Com os dois pés no chamado
estilo "new chic", que valoriza
itens da elegância clássica, a marca da estilista Alberta Ferretti
usou algumas das tendências do
momento, como os plissados (no
vestido em fino georgette, com
decote atrás), as capas (sempre
pelo joelho ou um pouco abaixo
deles) e as peles.
O sapato também é retrô, bicolor, às vezes com pele escovada,
deixando os calcanhares de fora.
Funcionam como opção botas de
cano alto, sem salto. O cabelo é
um rabo de cavalo algo rebelde,
com look de maquiagem para o
bege/marrom, com muito rímel e
gloss nos lábios. As combinações
de vinhos e pinks do início dão lugar a verdes e roxos. Num segundo momento da coleção estão os
vestidos em camadas ou babados,
de georgette preto, com alça.
Já a primeira linha do estilista
Giorgio Armani, que leva seu nome, encerrou o último dia da temporada em Milão deixando a sensação de que precisa renovar seu
modelo de apresentação ou as
inovações sutis que vem desenvolvendo vão se perder em meio a
informações datadas como modelos em pivô coreografado.
O estilista se concentrou em
clássicos do estilo Armani, o que é
certo em tempos de valorização
da iconografia da elegância. Calças retas, agora algo mais longas e
mais encorpadas, brincam de
masculino-feminino, com a cintura mais alta, usadas com sapatos bicudos de verniz brilhoso.
Os blazers, que vivem pródigo
retorno, junto com as casacas, ganham impecável firmeza de ombros, deixando a mulher do 2000
tão segura quanto a dos 80, quando Armani entrou para a história
exatamente com essas peças.
O casting é fraco e as idéias se
perdem. Um final de bordados,
rendas e brilhos só obtém bons
momentos nos dois últimos
looks, em que regatas atléticas remetem ao corpo esculpido dos 80.
Os aplausos ao estilista acontecem em clima um pouco constrangedor, quando ele aparece
sentado num quadrado elevado,
como se estivesse voando.
Foi poderoso o saldo desta temporada em Milão. A consolidação
e a evolução do cenário das tendências fizeram deste outono-inverno uma sólida estação. Cores
intensas, estampas (geométricas,
construtivistas, fauvistas, psicodélicas), plissados, pantalonas,
casacos pelo joelho ou longos,
sandálias, couro, peles e mais peles, anos 20, 40, 50, 80, acessórios
criativos, maxi-écharpes, pink, lilás, amarelo, dourado.
(EP)
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