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Franceses deram impulso à produção de vinhos
COLUNISTA DA FOLHA
Também a paisagem dos vinhedos sul-africanos, concentrados
na Província do Cabo Ocidental
(em torno da Cidade do Cabo), na
região chamada Cape Winelands,
parece levar a um outro canto do
planeta que não a África.
Na região de Stellembosch, as
formações rochosas e os tufos de
lavanda na vinícola Neil Ellis evocam a Provence francesa; e os antigos lagares onde a uva é pisada
na Kanonkop poderiam estar em
Portugal. Na Cabrière, em Franschhoek, as volutas de pedra e a alta
cozinha do restaurante lembram
a França, enquanto o hotel Constantia Uitsig (em Constantia), que
também é vinícola, poderia estar
na Inglaterra, com seu campo de
críquete.
As belas instalações correspondem a bons produtos. Apesar dos
abusos com a principal uva local,
a pinotage (híbrido das variedades pinot noir e cinsaut), que produz muito vinho ruim, os melhores produtores fazem maravilhas
com ela.
E não só: os vinhos de estilo bordalês elaborados pelo enólogo Beyers Truter, da Kanonkop (a linha
Paul Sauer), por exemplo, são
fantásticos. O impulso dado à indústria vinícola com a chegada
dos franceses huguenotes (protestantes foragidos) no século 17
não parou de dar frutos. Vários
deles aportaram no Brasil, como o
Kanonkop, pelas mãos da importadora Mistral (tel. 0/xx/11/3285-1422), o Klein Constantia e o Neil
Ellis, pela Expand (tel. 0/xx/11/
4613-3300), e o Hamilton Russell,
pela Maison du Vin (tel. 0/xx/11/
3284-7288).
(JM)
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