São Paulo, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2002

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Franceses deram impulso à produção de vinhos

COLUNISTA DA FOLHA

Também a paisagem dos vinhedos sul-africanos, concentrados na Província do Cabo Ocidental (em torno da Cidade do Cabo), na região chamada Cape Winelands, parece levar a um outro canto do planeta que não a África.
Na região de Stellembosch, as formações rochosas e os tufos de lavanda na vinícola Neil Ellis evocam a Provence francesa; e os antigos lagares onde a uva é pisada na Kanonkop poderiam estar em Portugal. Na Cabrière, em Franschhoek, as volutas de pedra e a alta cozinha do restaurante lembram a França, enquanto o hotel Constantia Uitsig (em Constantia), que também é vinícola, poderia estar na Inglaterra, com seu campo de críquete.
As belas instalações correspondem a bons produtos. Apesar dos abusos com a principal uva local, a pinotage (híbrido das variedades pinot noir e cinsaut), que produz muito vinho ruim, os melhores produtores fazem maravilhas com ela.
E não só: os vinhos de estilo bordalês elaborados pelo enólogo Beyers Truter, da Kanonkop (a linha Paul Sauer), por exemplo, são fantásticos. O impulso dado à indústria vinícola com a chegada dos franceses huguenotes (protestantes foragidos) no século 17 não parou de dar frutos. Vários deles aportaram no Brasil, como o Kanonkop, pelas mãos da importadora Mistral (tel. 0/xx/11/3285-1422), o Klein Constantia e o Neil Ellis, pela Expand (tel. 0/xx/11/ 4613-3300), e o Hamilton Russell, pela Maison du Vin (tel. 0/xx/11/ 3284-7288). (JM)


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